Ainda bem que a Média Capital foi comprada pela Altice. Como disse o AG espero que apresentem e invistam numa radio de palavra. Faz falta. Mas que seja algo ambicioso, estrutural e estruturante. O ideal seria comprar a TSF e terminar com a M80, fundido, digamos, os dois projetos, mas dando substancial relevância à palavra.
De alguma forma a RR faz algo de parecido, ie, concilia a espaços informativos com a música a metro, seguindo a regra de 20% de temas novos, 80% dos temas estafados ao longo das últimas décadas, acompanhados de uma moderação avulsa, sem uma linha condutora de raiz. A anos-luz de uma “BBC Radio 2†que utiliza essa regra, mas a qualidade e relevância do produto é incomparavelmente superior.
Suponho que o participante “AG†se refere a um projeto na linha da primeira versão do <R CLUB P>, que foi para o ar, salvo erro, em 2003, e abruptamente descontinuado, para dar lugar a uma rádio informativa e de atualidades múltiplas, com palavra quase a 100%. Se for algo de perecido com essa versão 1, concordo 100%. Um produto com aquelas caracterÃsticas tem muito para explorar e aproxima-se das rádios de referência internacionais, das quais não há modelos semelhantes em Portugal.
Quanto a
Altice, sendo um grupo privado multinacional, o que pretendem, suponho, é otimizar os lucros, mesmo que isso implique navegar à vista. Portanto, isso poderá não implicar mudanças de fundo no portefólio de rádios do grupo. A ver vamos se existem outros valores e se não replicam formatos de rádios francesas em Portugal. Prognósticos, “só depois do jogoâ€. Até pode acontecer que um grupo controlado por estrangeiros consiga o que a prata da casa não consegue fazer.
A fusão da rede da M80 com a da TSF coloca problemas de vária ordem. O que fazer com os inúmeros emissores (locais) que passam a ser redundantes, remanescentes?