Sim está e a de seia também! Eles vendem as duas rádiosViva. Alguém tem conhecimento de algo que vá no sentido de que a RCI esteja à venda? Obrigado.
É caso para dizer: o que está a acontecer às rádios locais em Portugal?
Estão a morrer, fruto do enorme disparate do final dos anos 80 de dar alvarás a torto e a direito.
Completamente! E a todos os concelhos. Casos houve em que cidades de pequena e média dimensão tiveram direito a 2 e 3 alvarás. Uma alarvidade. Depois, seguiu-se a cereja no topo do bolo com a criação da RRN e a RRS.
E pior: hoje, passadas mais de três décadas, em vez de se alterar a Lei por forma a permitir o surgimento de radios distritais e lançar a concursos mais duas ou três redes com cobertura nacional, prefere-se manter tudo como dantes.
O Porto é a segunda cidade do país e sede de uma Area metropolitana e só tem 2 rádios locais e uma delas vendida. Matosinhos, Gondomar, Valongo, Espinho não tÊm rádios locais pois está tudo nas mãos dos grandes grupos lisboetas.
Caro Zeca,
Pensava que, finalmente, em 2024, esse discurso anti-Lisboa tinha sido derrotado.
As suas palavras só menosprezam a grandeza da cidade do Porto e das suas gentes que são muito mais que uma mera comparação odiosa à capital do país.
E digo-lhe mais. Há um aproveitamento do alegado desleixo do Norte do país, pela voz de alguns que pensam que representam o Porto.
Contudo, o Porto, como muito bem diz, é sede de uma área metropolitana. Tem acesso a bens e serviços que mais nenhuma cidade em Portugal tem, inclusive a própria capital.
Acha-se injustiçado? O que dirá o prezado administrador deste fórum que, na sua região (Portalegre) é a única que tem uma dúzia de quilómetros de auto-estrada entre Vila Boim e Badajoz, mais outra meia dúzia no Furtado (freguesia de Belver), sendo que os únicos comboios diários que param na estação que serve a capital de distrito (e a que dista a uns 12 KMS do centro da cidade) datam de 1954?
E, falando do Norte, o que dirá um habitante de Freixo de Espada À Cinta cujo o município é absolutamente isolado de infra-estruturas dignas de uma sede de município no século XXI? Um miúdo do ensino secundário (escolaridade que é obrigatória há quase década e meia) tem que fazer caminhos tortuosos até chegar a Mogadouro?
Também não podemos esquecer o Sul... O Algarve, infelizmente, só conta para o Totobola quando se fala em turismo ou para os reformados do centro e norte da Europa viverem os seus últimos dias. Basta descer a EN2 até São Brás de Alportel (que é pertíssimo de Faro) para ver a discrepância de investimento. Para não falar de Alcoutim, por exemplo.
E a Região Centro. Sabia que até há bem poucos anos, era comum os pais não deixarem os filhos adolescentes irem à escola para estes cuidarem dos lameiros? Era prática em alguns municípios limítrofes a Coimbra, a cidade do conhecimento e dos estudantes e que, para muitos, ainda é «a terceira cidade do país e a capital de jure de Portugal».
Se o Porto deveria ter uma rádio local, que informe da vida que se passa na cidade e nos municípios à volta? Sem dúvida!
A Nova poderia cumprir esse desiderato.
Mas se não as há, é porque não há interesse em quem queira investir nesse sector! E não é por falta de tecido empresarial, pois ele concentra-se mais na conurbação entre Aveiro e Viana do Castelo.
Agora, creio que não se deve vitimizar. Apesar de ter um autarca que expressou interesse (que vou acreditar que seja transparente) para financiar órgãos de comunicação social como o Jornal de Notícias, o Porto está tudo menos longe de ser um local refém de caciques e cuja informação local é dominada pelo poder político e pelos «arranjinhos» com empresários locais.
E sim, temos uma lei anacrónica e um serviço público que deveria fazer muito mais pelas regiões.
Viva o Porto!
E já agora, viva Viseu que é uma terra espectacular.
É isto mesmo.
Sem tirar, nem pôr.
Meu caro Nelson,
Isto é um fórum de rádio e limito-me a conversar sobre rádio e o seu centralismo, matéria que é unanime em Portugal sobre sermos o país mais centralistas da Europa.
Quanto ao demais, nunca me viu aqui lamentar nada sobre o Porto cidade/Grande Porto.
Quanto à rádio, repito, a lei da rádio deveria ser alterada de forma a impedir que emissores locais fossem retransmissores da capital pois só beneficiam os grandes grupos, por norma sediados na capital. Nenhuma das rádios que usam emissores locais quer saber dessa região. Nenhuma. Apenas querem alargar a sua área para cativar mais publicidade.
Quanto