Constato, com perplexidade, que o caro “pdnf” ouve essa mega coisa, limitada, pirosa, enfim, um atentado à inteligência. Com a sua formação pessoal e académica, como tal é possível? Dali não extrai nada, não acrescenta nada, trata-se de mera perda de tempo. Agora, neste mundo de desinformação, acrescente uma camada de superficialidade, e deduza o que se obtém dali. “Malta” totalmente alheada do que se passa à sua volta e presas fáceis para discursos incendiários, caem que nem tordos.
Indo direto ao que importa, na atual rede da Mega, 92.6 não consegue fazer ligação com os 90.0 Coimbra e, repito, dificilmente a Observador arranja um emissor de 5Kw no distrito, portanto, achar que são uma boa alternativa, quando há na A8 pelo menos uns 30 km sem sinal e outros tantos na A1. Dito de outro modo, é um emissor que, a meu ver, nem para a própria Mega é particularmente interessante, quanto mais para a Observador.
Quanto aos considerandos que faz, vou-lhe responder com as rádios que escutei hoje: somente Smooth FM e Antena 2. Ontem ouvi em caminhada a Antena 1 num excepcional programa conduzido por Augusto Fernandes, e a TSF de manhã. Lamento profundamente que, por exemplo, em minha casa em Gaia, não consiga escutar a Smooth em 89.5, sim um emissor do concelho de Matosinhos, e mesmo no meu escritório no Norte do Porto, na fronteira com o município do alvará, tenha tremendas dificuldades de sintonização no interior. Em Espinho Smooth é uma miragem. Queria eu uma rede melhor para essa rádio, por isso aqui já defendi a alocação dos 101.0 Vale de Cambra à Smooth. É uma crítica injustificada.
Portanto, quando critica as minhas escolhas de estação, e sem querer parecer snob, diga-me: quantos jovens de 31 anos acha que consomem o tipo de rádio que eu consumo? Desde já lhe digo, poucos e até mais velhos. Os estudos de audiência não mentem.
Não obstante, não quero com isto dizer que não goste de ouvir o que faz a "malta" da minha geração em rádio, tanto na Mega como na Cidade FM. joão_s não se esqueça, os jovens são o futuro. Se os projetos em que estão são os mais aliciantes? Claro que não. Se a música que passa nas duas estações (particularmente na Cidade) é a melhor do mundo? Há de tudo, muito má, alguma mediana, outra que dentro de alguns anos vai ouvir em covers na Smooth. É como na farmácia, são rádios mais transversais, menos de nicho. Se há alguns animadores por lá absolutamente plásticos, sem qualquer qualidade para estarem em frente a um microfone? Também é verdade. Se os que dão os saltos para "as grandes" são sempre os melhores? Infelizmente, não. Mas mais uma vez, são produtos necessários. Como refere o R4, é importante existirem rádios com que os jovens se identifiquem. Caso contrário, de hoje para amanhã, é o meio que perde ouvintes. São uma boa porta de entrada e, não se preocupe... um dia a curiosidade de sintonizar outras paragens mais cultas e adutlas há de surgir.
Ingénuos, a viver num mundo “faz de conta”, endrominados por pseudo-vedetas da net e da rádio, que os usam. Parece uma realidade distópica saída de um livro de Orwell.
Apesar do que escrevi acima, aqui tenho de lhe dar alguma razão. Infelizmente, a rádio tem ido demasiadamente atrás dessas vedetas, e fico genuinamente triste quando vejo pessoas que têm verdadeira paixão pelo meio a terem de "se vender" no Instagram para: 1. não ficarem para trás e encostados; 2. obterem um rendimento decente; 3. conseguirem ter alguma progressão na sua carreira, rumo a projetos mais decentes.
Admiro muito quem ainda luta "à moda antiga", pelo talento. E sim, tem nas jovens ainda quem o faça. Infelizmente, verá que não são os mais valorizados.
A Lafoes com emissor optimizado chega ao Porto e faz as vezes dos 88.1 para norte.
Trocar os excepcionais 88.1, numa frequência que respira bem, porque a Antena 2 de Braga/Minhéu é relativamente fraca, essencial no Porto e Gaia, por uma Lafões que se escuta em Sá da Bandeira e pouco mais, absolutamente pressionada pela Mega de Braga e até pela M80 de Leiria, que nunca chega com RDS sequer, é trocar vinho do bom, por água da torneira.