A sensação com que eu fico é que a Associação Portuguesa de Radiodifusão perdeu preponderância nos últimos anos. Fechou-se ainda mais a pensar nos associados, quando poderia liderar o sector claramente.
Neste momento, os direitos conexos estão a atormentar as rádios com retroactivos, e a Associação Portuguesa de Radiodifusão "apenas" conseguiu contestar os tarifários e tentar a negociação de um acordo, mas não foi além disso.
A atitude com o poder político tem sido muito passiva. Isto já há muito que justificava uma manifestação ou um boicote para obrigar a que os apoios às rádios (sobretudo locais e regionais) estivesse na agenda política, mas não está... E as rádios estão cada vez mais sufocadas com deveres e obrigações.
Muitas rádios locais vão fechar, mas a APR parece que se limita a uns comunicados de longe a longe. É pouco. Poderiam utilizar o site e as redes sociais para marcaram uma presença mais veemente, mas não está a suceder-se. Poderiam fazer passagens spots de crítica nas rádios associadas ao actual sector da radiodifusão... Poderiam convocar manifestações e até convidar rádios não associadas.
As rádios precisam de uma APR forte, mesmo aquelas que não são sócias. Caso contrário, isto vai ser uma razia de rádios nos próximos anos.
E aí, ou é cada um por si, ou terá de nascer uma nova frente de rádios que se unam e que sejam intransigentes e muito mais críticas do actual rumo, ou... preparem-se para perder metade das rádios locais nos próximos 30 anos.
É preciso dizer basta aos nosso governantes! Respeitem as rádios locais e regionais!