Autor Tópico: Rádio Observador  (Lida 421049 vezes)

Zeca 2021

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Re: Rádio Observador
« Responder #3225 em: Novembro 16, 2024, 12:54:31 pm »
E a Smooth faz radio ? A SW faz rádio ? A batida faz rádio ?
Ou não têm locução ou a que têm limitam - se a algumas horas do dia, sem entrevistas, nada.

pdnf

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Re: Rádio Observador
« Responder #3226 em: Novembro 16, 2024, 12:57:48 pm »
Quem fala aqui não tem conhecimento da realidade de manter um projeto de rádio local com um verdadeiro serviço público local.

Já pensaram os custos que tem atualmente ter uma rádio local com funcionários e custos fixos que não são tão poucos?

O problema é que o dinheiro escasseia para manter a qualidade desejada. Claro que existem exceções...
Obviamente que no caso das redações é distinto, mas se pensarmos em termos de animação, ter uma rádio local bem feita, ou uma nacional, a estrutura de custos não é assim tão diferente quanto isso. Têm de preencher as mesmas 24/h de programação, dividir os painéis mais ao menos da mesma forma, se querem ter locução pelo menos, das 06h às 24h. O que difere é, obviamente, o potencial de captação de publicidade, enquanto uma nacional, ou uma rede de emissores associados ou em parceria consegue chegar praticamente ao país inteiro, ou, pelo menos, à maioria da população, as locais chegam a um punhado pequeno de pessoas. Obviamente que tal tem influência no preço que se pode cobrar pela publicidade, que mesmo nas nacionais já é baixíssimo, e por isso na rádio os salários são baixíssimos. Já aqui escrevi que fiquei surpreendido quanto fui às instalações de um grupo nacional e olhei para o parque automóvel com olhos de ver: no parque dos alunos na Universidade encontram, de longe, carros muito melhores e mais recentes. Com este cenário, como é que querem locais a sobreviver de modo decente, isto, claro, sem apoios camarários camuflados? E, lamento dizer, mas quanto mais para o interior se vai, pior é. E, já agora, quem estiver próximo da fronteira, ouça as locais (verdadeiras) que há do outro lado. Algumas parece que o som está ao nível da Onda Média, nem RDS têm, uma coisa profundamente arcaica. Os próprios grupos nacionais estão a cortar nas emissões locais, e não será por falta de audiência. O problema são mesmo os custos serem superiores aos rendimentos, se não for um MP3 FM ou um grande grau de boa vontade. Ou um mecenas generoso, estilo SONAE na NOVA.
Dito isto, o Zeca há uma coisa em que tem razão: tendo as nacionais praticamente todas estúdios pelo menos no Porto, nada obsta a que pudessem ter locutores noutros locais. Não é o facto de centralizar em Lisboa que faz sair mais barato. Isso, verdade seja dita, é uma escolha.

E a Smooth faz radio ? A SW faz rádio ? A batida faz rádio ?
Ou não têm locução ou a que têm limitam - se a algumas horas do dia, sem entrevistas, nada.
A Smooth já teve mais, precisavam de reforçar com dois locutores, seguramente. A SW tem locução até às 22h, se não estou em erro, em direto.
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

tuscano332

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Re: Rádio Observador
« Responder #3227 em: Novembro 16, 2024, 02:24:38 pm »
Quem fala aqui não tem conhecimento da realidade de manter um projeto de rádio local com um verdadeiro serviço público local.

Já pensaram os custos que tem atualmente ter uma rádio local com funcionários e custos fixos que não são tão poucos?

O problema é que o dinheiro escasseia para manter a qualidade desejada. Claro que existem exceções...
Por isso mesmo, dificuldades financeiras, é que por exemplo a rádio Urbana de Castelo Branco só tem 3 programas nos dias de semana das 8h às 18h, com os horários que já por aqui disse uma vez, 8h-10h, 10h-12h e 15h-18h, das 12h às 15h, passam algumas músicas pedidas pelos ouvintes, mas isso não preenche as 3h. A partir das 18h é a tal playlist muito confusa de que vamos falando por aqui e que devia ser melhor preparada, mais 2 pessoas para as noticias, uma estagiária e o pivot habitual(reportagens nas noticias, praticamente só assuntos da Câmara e entrevistas sobre doenças sempre à mesma médica). Quando falta um, um dos outros acumula as horas em falta no ar. Isto é fazer rádio, não, não é, mas do que dá para ver, aqui não deve haver dinheiro para mais, mas pelo menos não fecham nem vendem a onda.

Entre ter uma inenarrável Radio Urbana, sobretudo no que toca à famosa playlist (e pasme-se, com cobertura tao boa, a tal que consegue colocar 1kW a 1227m de altitude) e uma Observador em Castelo Branco, julgo que os albicastrenses teriam muito mais a ganhar. Sinceramente no capitulo da comunicação social essa cidade deixa muito a desejar, salvo a honrosa exceção do jornal Reconquista. No outro dia cruzei-me com um post no facebook de uma Beira Baixa TV, dei uma vista de olhos aquilo trata-se de outra salgalhada monumental ao estilo da playlist da Urbana. Ate a tragedia de Valencia noticiaram e a falecimento do Marco Paulo. Misturam obituário com publicidade no feed de noticias e se houver qualquer caixote do lixo a arder são bem capazes de fazerem reportagem no local. Surreal jornalismo.
A Beira Baixa TV é uma confusão parecida com a da Rádio Urbana. Já agora se a noticia for muito contra a  Câmara, ou aparece de fugida, ou nem aparece, directos só mesmo de algumas feiras ou festas que por aqui vão acontecendo, outras coisas é mais raro, mas por vezes aparecem.

Claro que uma rádio estilo Observador feita aqui era melhor, mas pronto é o que é e bem ou mal vão se aguentando as duas da cidade.
« Última modificação: Novembro 16, 2024, 02:27:14 pm por tuscano332 »

tuscano332

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Re: Rádio Observador
« Responder #3228 em: Novembro 16, 2024, 02:33:28 pm »
Quem fala aqui não tem conhecimento da realidade de manter um projeto de rádio local com um verdadeiro serviço público local.

Já pensaram os custos que tem atualmente ter uma rádio local com funcionários e custos fixos que não são tão poucos?

O problema é que o dinheiro escasseia para manter a qualidade desejada. Claro que existem exceções...
Obviamente que no caso das redações é distinto, mas se pensarmos em termos de animação, ter uma rádio local bem feita, ou uma nacional, a estrutura de custos não é assim tão diferente quanto isso. Têm de preencher as mesmas 24/h de programação, dividir os painéis mais ao menos da mesma forma, se querem ter locução pelo menos, das 06h às 24h. O que difere é, obviamente, o potencial de captação de publicidade, enquanto uma nacional, ou uma rede de emissores associados ou em parceria consegue chegar praticamente ao país inteiro, ou, pelo menos, à maioria da população, as locais chegam a um punhado pequeno de pessoas. Obviamente que tal tem influência no preço que se pode cobrar pela publicidade, que mesmo nas nacionais já é baixíssimo, e por isso na rádio os salários são baixíssimos. Já aqui escrevi que fiquei surpreendido quanto fui às instalações de um grupo nacional e olhei para o parque automóvel com olhos de ver: no parque dos alunos na Universidade encontram, de longe, carros muito melhores e mais recentes. Com este cenário, como é que querem locais a sobreviver de modo decente, isto, claro, sem apoios camarários camuflados? E, lamento dizer, mas quanto mais para o interior se vai, pior é. E, já agora, quem estiver próximo da fronteira, ouça as locais (verdadeiras) que há do outro lado. Algumas parece que o som está ao nível da Onda Média, nem RDS têm, uma coisa profundamente arcaica. Os próprios grupos nacionais estão a cortar nas emissões locais, e não será por falta de audiência. O problema são mesmo os custos serem superiores aos rendimentos, se não for um MP3 FM ou um grande grau de boa vontade. Ou um mecenas generoso, estilo SONAE na NOVA.
Dito isto, o Zeca há uma coisa em que tem razão: tendo as nacionais praticamente todas estúdios pelo menos no Porto, nada obsta a que pudessem ter locutores noutros locais. Não é o facto de centralizar em Lisboa que faz sair mais barato. Isso, verdade seja dita, é uma escolha.

E a Smooth faz radio ? A SW faz rádio ? A batida faz rádio ?
Ou não têm locução ou a que têm limitam - se a algumas horas do dia, sem entrevistas, nada.
A Smooth já teve mais, precisavam de reforçar com dois locutores, seguramente. A SW tem locução até às 22h, se não estou em erro, em direto.
A Smooth precisava no mínimo de pelo menos mais uma voz, talvez masculina, visto 2 serem mulheres, só 3 a fazer 5h cada um é muito pouco, além do horário que fazem ser exagerado.

AG

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Re: Rádio Observador
« Responder #3229 em: Novembro 16, 2024, 02:50:02 pm »
Quem fala aqui não tem conhecimento da realidade de manter um projeto de rádio local com um verdadeiro serviço público local.

Já pensaram os custos que tem atualmente ter uma rádio local com funcionários e custos fixos que não são tão poucos?

O problema é que o dinheiro escasseia para manter a qualidade desejada. Claro que existem exceções...
Obviamente que no caso das redações é distinto, mas se pensarmos em termos de animação, ter uma rádio local bem feita, ou uma nacional, a estrutura de custos não é assim tão diferente quanto isso. Têm de preencher as mesmas 24/h de programação, dividir os painéis mais ao menos da mesma forma, se querem ter locução pelo menos, das 06h às 24h. O que difere é, obviamente, o potencial de captação de publicidade, enquanto uma nacional, ou uma rede de emissores associados ou em parceria consegue chegar praticamente ao país inteiro, ou, pelo menos, à maioria da população, as locais chegam a um punhado pequeno de pessoas. Obviamente que tal tem influência no preço que se pode cobrar pela publicidade, que mesmo nas nacionais já é baixíssimo, e por isso na rádio os salários são baixíssimos. Já aqui escrevi que fiquei surpreendido quanto fui às instalações de um grupo nacional e olhei para o parque automóvel com olhos de ver: no parque dos alunos na Universidade encontram, de longe, carros muito melhores e mais recentes. Com este cenário, como é que querem locais a sobreviver de modo decente, isto, claro, sem apoios camarários camuflados? E, lamento dizer, mas quanto mais para o interior se vai, pior é. E, já agora, quem estiver próximo da fronteira, ouça as locais (verdadeiras) que há do outro lado. Algumas parece que o som está ao nível da Onda Média, nem RDS têm, uma coisa profundamente arcaica. Os próprios grupos nacionais estão a cortar nas emissões locais, e não será por falta de audiência. O problema são mesmo os custos serem superiores aos rendimentos, se não for um MP3 FM ou um grande grau de boa vontade. Ou um mecenas generoso, estilo SONAE na NOVA.
Dito isto, o Zeca há uma coisa em que tem razão: tendo as nacionais praticamente todas estúdios pelo menos no Porto, nada obsta a que pudessem ter locutores noutros locais. Não é o facto de centralizar em Lisboa que faz sair mais barato. Isso, verdade seja dita, é uma escolha.
Sim, devia ser mesmo uma obrigação as rádios com cobertura nacional terem conteúdos realizados a partir do Porto.

Para o grupo RTP, sendo uma empresa pública, mais obrigações ainda. 

É lamentável uma rádio como a Comercial não ter sequer um estúdio no Porto, por exemplo.

Os noticiários feitos na cidade Invicta, por exemplo, dão logo uma perspectiva diversa de um noticiário feito a partir daqui da capital tem.

Quanto ao resto, o mercado para a rádios locais é demasiado pequeno, logo são baixas receitas publicitárias, e as despesas são demasiado grandes, nada que não falamos aqui durante anos a fio.
« Última modificação: Novembro 16, 2024, 03:20:17 pm por AG »

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Re: Rádio Observador
« Responder #3230 em: Novembro 16, 2024, 04:09:27 pm »
Quem fala aqui não tem conhecimento da realidade de manter um projeto de rádio local com um verdadeiro serviço público local.

Já pensaram os custos que tem atualmente ter uma rádio local com funcionários e custos fixos que não são tão poucos?

O problema é que o dinheiro escasseia para manter a qualidade desejada. Claro que existem exceções...
Obviamente que no caso das redações é distinto, mas se pensarmos em termos de animação, ter uma rádio local bem feita, ou uma nacional, a estrutura de custos não é assim tão diferente quanto isso. Têm de preencher as mesmas 24/h de programação, dividir os painéis mais ao menos da mesma forma, se querem ter locução pelo menos, das 06h às 24h. O que difere é, obviamente, o potencial de captação de publicidade, enquanto uma nacional, ou uma rede de emissores associados ou em parceria consegue chegar praticamente ao país inteiro, ou, pelo menos, à maioria da população, as locais chegam a um punhado pequeno de pessoas. Obviamente que tal tem influência no preço que se pode cobrar pela publicidade, que mesmo nas nacionais já é baixíssimo, e por isso na rádio os salários são baixíssimos. Já aqui escrevi que fiquei surpreendido quanto fui às instalações de um grupo nacional e olhei para o parque automóvel com olhos de ver: no parque dos alunos na Universidade encontram, de longe, carros muito melhores e mais recentes. Com este cenário, como é que querem locais a sobreviver de modo decente, isto, claro, sem apoios camarários camuflados? E, lamento dizer, mas quanto mais para o interior se vai, pior é. E, já agora, quem estiver próximo da fronteira, ouça as locais (verdadeiras) que há do outro lado. Algumas parece que o som está ao nível da Onda Média, nem RDS têm, uma coisa profundamente arcaica. Os próprios grupos nacionais estão a cortar nas emissões locais, e não será por falta de audiência. O problema são mesmo os custos serem superiores aos rendimentos, se não for um MP3 FM ou um grande grau de boa vontade. Ou um mecenas generoso, estilo SONAE na NOVA.
Dito isto, o Zeca há uma coisa em que tem razão: tendo as nacionais praticamente todas estúdios pelo menos no Porto, nada obsta a que pudessem ter locutores noutros locais. Não é o facto de centralizar em Lisboa que faz sair mais barato. Isso, verdade seja dita, é uma escolha.
Sim, devia ser mesmo uma obrigação as rádios com cobertura nacional terem conteúdos realizados a partir do Porto.

Para o grupo RTP, sendo uma empresa pública, mais obrigações ainda. 

É lamentável uma rádio como a Comercial não ter sequer um estúdio no Porto, por exemplo.

Os noticiários feitos na cidade Invicta, por exemplo, dão logo uma perspectiva diversa de um noticiário feito a partir daqui da capital tem.

Quanto ao resto, o mercado para a rádios locais é demasiado pequeno, logo são baixas receitas publicitárias, e as despesas são demasiado grandes, nada que não falamos aqui durante anos a fio.

Tudo foi feito às três tabelas.

As rádios nacionais tendencialmente de palavra deviam emitir durante 60 minutos a partir das regiões  e para as regiões,  seguindo Norte, Centro, Grande Lisboa, Sul, tendo obrigatoriamente pelo menos correspondentes na maioria dos distritos.

Informação  e o pulsar de cada região.

Para ter alguém a passar música estejam quietinhos...

Foi isso que rebentou com isto tudo...

Zeca 2021

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Re: Rádio Observador
« Responder #3231 em: Novembro 16, 2024, 05:59:03 pm »
Quem fala aqui não tem conhecimento da realidade de manter um projeto de rádio local com um verdadeiro serviço público local.

Já pensaram os custos que tem atualmente ter uma rádio local com funcionários e custos fixos que não são tão poucos?

O problema é que o dinheiro escasseia para manter a qualidade desejada. Claro que existem exceções...
Obviamente que no caso das redações é distinto, mas se pensarmos em termos de animação, ter uma rádio local bem feita, ou uma nacional, a estrutura de custos não é assim tão diferente quanto isso. Têm de preencher as mesmas 24/h de programação, dividir os painéis mais ao menos da mesma forma, se querem ter locução pelo menos, das 06h às 24h. O que difere é, obviamente, o potencial de captação de publicidade, enquanto uma nacional, ou uma rede de emissores associados ou em parceria consegue chegar praticamente ao país inteiro, ou, pelo menos, à maioria da população, as locais chegam a um punhado pequeno de pessoas. Obviamente que tal tem influência no preço que se pode cobrar pela publicidade, que mesmo nas nacionais já é baixíssimo, e por isso na rádio os salários são baixíssimos. Já aqui escrevi que fiquei surpreendido quanto fui às instalações de um grupo nacional e olhei para o parque automóvel com olhos de ver: no parque dos alunos na Universidade encontram, de longe, carros muito melhores e mais recentes. Com este cenário, como é que querem locais a sobreviver de modo decente, isto, claro, sem apoios camarários camuflados? E, lamento dizer, mas quanto mais para o interior se vai, pior é. E, já agora, quem estiver próximo da fronteira, ouça as locais (verdadeiras) que há do outro lado. Algumas parece que o som está ao nível da Onda Média, nem RDS têm, uma coisa profundamente arcaica. Os próprios grupos nacionais estão a cortar nas emissões locais, e não será por falta de audiência. O problema são mesmo os custos serem superiores aos rendimentos, se não for um MP3 FM ou um grande grau de boa vontade. Ou um mecenas generoso, estilo SONAE na NOVA.
Dito isto, o Zeca há uma coisa em que tem razão: tendo as nacionais praticamente todas estúdios pelo menos no Porto, nada obsta a que pudessem ter locutores noutros locais. Não é o facto de centralizar em Lisboa que faz sair mais barato. Isso, verdade seja dita, é uma escolha.
Sim, devia ser mesmo uma obrigação as rádios com cobertura nacional terem conteúdos realizados a partir do Porto.

Para o grupo RTP, sendo uma empresa pública, mais obrigações ainda. 

É lamentável uma rádio como a Comercial não ter sequer um estúdio no Porto, por exemplo.

Os noticiários feitos na cidade Invicta, por exemplo, dão logo uma perspectiva diversa de um noticiário feito a partir daqui da capital tem.

Quanto ao resto, o mercado para a rádios locais é demasiado pequeno, logo são baixas receitas publicitárias, e as despesas são demasiado grandes, nada que não falamos aqui durante anos a fio.

Tudo foi feito às três tabelas.

As rádios nacionais tendencialmente de palavra deviam emitir durante 60 minutos a partir das regiões  e para as regiões,  seguindo Norte, Centro, Grande Lisboa, Sul, tendo obrigatoriamente pelo menos correspondentes na maioria dos distritos.

Informação  e o pulsar de cada região.

Para ter alguém a passar música estejam quietinhos...

Foi isso que rebentou com isto tudo...

Norte é muito abrangente. Se falamos em Grande Lisboa temos de falar em Grande Porto e não em Norte. Do Porto a Bragança são 250 km, é quase como de Lisboa a Faro e por isso, se a realidade do Norte e só Grande Porto são completamente diferentes, tal como o Algarve e a Grandeibsoa.
Meter tudo no mesmo saco, Norte , é uma aberração.

Atento

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Re: Rádio Observador
« Responder #3232 em: Novembro 16, 2024, 06:34:23 pm »
Quem fala aqui não tem conhecimento da realidade de manter um projeto de rádio local com um verdadeiro serviço público local.

Já pensaram os custos que tem atualmente ter uma rádio local com funcionários e custos fixos que não são tão poucos?

O problema é que o dinheiro escasseia para manter a qualidade desejada. Claro que existem exceções...
Obviamente que no caso das redações é distinto, mas se pensarmos em termos de animação, ter uma rádio local bem feita, ou uma nacional, a estrutura de custos não é assim tão diferente quanto isso. Têm de preencher as mesmas 24/h de programação, dividir os painéis mais ao menos da mesma forma, se querem ter locução pelo menos, das 06h às 24h. O que difere é, obviamente, o potencial de captação de publicidade, enquanto uma nacional, ou uma rede de emissores associados ou em parceria consegue chegar praticamente ao país inteiro, ou, pelo menos, à maioria da população, as locais chegam a um punhado pequeno de pessoas. Obviamente que tal tem influência no preço que se pode cobrar pela publicidade, que mesmo nas nacionais já é baixíssimo, e por isso na rádio os salários são baixíssimos. Já aqui escrevi que fiquei surpreendido quanto fui às instalações de um grupo nacional e olhei para o parque automóvel com olhos de ver: no parque dos alunos na Universidade encontram, de longe, carros muito melhores e mais recentes. Com este cenário, como é que querem locais a sobreviver de modo decente, isto, claro, sem apoios camarários camuflados? E, lamento dizer, mas quanto mais para o interior se vai, pior é. E, já agora, quem estiver próximo da fronteira, ouça as locais (verdadeiras) que há do outro lado. Algumas parece que o som está ao nível da Onda Média, nem RDS têm, uma coisa profundamente arcaica. Os próprios grupos nacionais estão a cortar nas emissões locais, e não será por falta de audiência. O problema são mesmo os custos serem superiores aos rendimentos, se não for um MP3 FM ou um grande grau de boa vontade. Ou um mecenas generoso, estilo SONAE na NOVA.
Dito isto, o Zeca há uma coisa em que tem razão: tendo as nacionais praticamente todas estúdios pelo menos no Porto, nada obsta a que pudessem ter locutores noutros locais. Não é o facto de centralizar em Lisboa que faz sair mais barato. Isso, verdade seja dita, é uma escolha.
Sim, devia ser mesmo uma obrigação as rádios com cobertura nacional terem conteúdos realizados a partir do Porto.

Para o grupo RTP, sendo uma empresa pública, mais obrigações ainda. 

É lamentável uma rádio como a Comercial não ter sequer um estúdio no Porto, por exemplo.

Os noticiários feitos na cidade Invicta, por exemplo, dão logo uma perspectiva diversa de um noticiário feito a partir daqui da capital tem.

Quanto ao resto, o mercado para a rádios locais é demasiado pequeno, logo são baixas receitas publicitárias, e as despesas são demasiado grandes, nada que não falamos aqui durante anos a fio.

Tudo foi feito às três tabelas.

As rádios nacionais tendencialmente de palavra deviam emitir durante 60 minutos a partir das regiões  e para as regiões,  seguindo Norte, Centro, Grande Lisboa, Sul, tendo obrigatoriamente pelo menos correspondentes na maioria dos distritos.

Informação  e o pulsar de cada região.

Para ter alguém a passar música estejam quietinhos...

Foi isso que rebentou com isto tudo...

Norte é muito abrangente. Se falamos em Grande Lisboa temos de falar em Grande Porto e não em Norte. Do Porto a Bragança são 250 km, é quase como de Lisboa a Faro e por isso, se a realidade do Norte e só Grande Porto são completamente diferentes, tal como o Algarve e a Grandeibsoa.
Meter tudo no mesmo saco, Norte , é uma aberração.

Falando ainda da Festival  e da CMR...

Basicamente passamos de uma rádio musical para uma de palavra, por vezes a martelo com o carimbo cmtv.

Pergunto: o que é que a Festival mostrava do grande Porto de onde e para onde emitia?

Zeca 2021

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Re: Rádio Observador
« Responder #3233 em: Novembro 16, 2024, 07:21:06 pm »
Quem fala aqui não tem conhecimento da realidade de manter um projeto de rádio local com um verdadeiro serviço público local.

Já pensaram os custos que tem atualmente ter uma rádio local com funcionários e custos fixos que não são tão poucos?

O problema é que o dinheiro escasseia para manter a qualidade desejada. Claro que existem exceções...
Obviamente que no caso das redações é distinto, mas se pensarmos em termos de animação, ter uma rádio local bem feita, ou uma nacional, a estrutura de custos não é assim tão diferente quanto isso. Têm de preencher as mesmas 24/h de programação, dividir os painéis mais ao menos da mesma forma, se querem ter locução pelo menos, das 06h às 24h. O que difere é, obviamente, o potencial de captação de publicidade, enquanto uma nacional, ou uma rede de emissores associados ou em parceria consegue chegar praticamente ao país inteiro, ou, pelo menos, à maioria da população, as locais chegam a um punhado pequeno de pessoas. Obviamente que tal tem influência no preço que se pode cobrar pela publicidade, que mesmo nas nacionais já é baixíssimo, e por isso na rádio os salários são baixíssimos. Já aqui escrevi que fiquei surpreendido quanto fui às instalações de um grupo nacional e olhei para o parque automóvel com olhos de ver: no parque dos alunos na Universidade encontram, de longe, carros muito melhores e mais recentes. Com este cenário, como é que querem locais a sobreviver de modo decente, isto, claro, sem apoios camarários camuflados? E, lamento dizer, mas quanto mais para o interior se vai, pior é. E, já agora, quem estiver próximo da fronteira, ouça as locais (verdadeiras) que há do outro lado. Algumas parece que o som está ao nível da Onda Média, nem RDS têm, uma coisa profundamente arcaica. Os próprios grupos nacionais estão a cortar nas emissões locais, e não será por falta de audiência. O problema são mesmo os custos serem superiores aos rendimentos, se não for um MP3 FM ou um grande grau de boa vontade. Ou um mecenas generoso, estilo SONAE na NOVA.
Dito isto, o Zeca há uma coisa em que tem razão: tendo as nacionais praticamente todas estúdios pelo menos no Porto, nada obsta a que pudessem ter locutores noutros locais. Não é o facto de centralizar em Lisboa que faz sair mais barato. Isso, verdade seja dita, é uma escolha.
Sim, devia ser mesmo uma obrigação as rádios com cobertura nacional terem conteúdos realizados a partir do Porto.

Para o grupo RTP, sendo uma empresa pública, mais obrigações ainda. 

É lamentável uma rádio como a Comercial não ter sequer um estúdio no Porto, por exemplo.

Os noticiários feitos na cidade Invicta, por exemplo, dão logo uma perspectiva diversa de um noticiário feito a partir daqui da capital tem.

Quanto ao resto, o mercado para a rádios locais é demasiado pequeno, logo são baixas receitas publicitárias, e as despesas são demasiado grandes, nada que não falamos aqui durante anos a fio.

Tudo foi feito às três tabelas.

As rádios nacionais tendencialmente de palavra deviam emitir durante 60 minutos a partir das regiões  e para as regiões,  seguindo Norte, Centro, Grande Lisboa, Sul, tendo obrigatoriamente pelo menos correspondentes na maioria dos distritos.

Informação  e o pulsar de cada região.

Para ter alguém a passar música estejam quietinhos...

Foi isso que rebentou com isto tudo...

Norte é muito abrangente. Se falamos em Grande Lisboa temos de falar em Grande Porto e não em Norte. Do Porto a Bragança são 250 km, é quase como de Lisboa a Faro e por isso, se a realidade do Norte e só Grande Porto são completamente diferentes, tal como o Algarve e a Grandeibsoa.
Meter tudo no mesmo saco, Norte , é uma aberração.

Falando ainda da Festival  e da CMR...

Basicamente passamos de uma rádio musical para uma de palavra, por vezes a martelo com o carimbo cmtv.

Pergunto: o que é que a Festival mostrava do grande Porto de onde e para onde emitia?

Rádio Musical ? Era uma rádio com animadores, jornalistas e programas de autor ao fim de semana. Além disso, era uma rádio do Porto para o mundo. Chega. O que é que as rádios nacionais dão ao país sedeadas em Lisboa ? Nada.

pdnf

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Re: Rádio Observador
« Responder #3234 em: Novembro 16, 2024, 07:56:38 pm »
E diga se de passagem,quem defendia aqui a deslocalizacao para o Luso para chegar a Coimbra esquecam essa ideia... A ideia é mesmo o distrito de Viseu e tem apostado forte em entrevistas e assim com politicos locais.
Fui hoje caminhar para a zona da Barrinha em Esmoriz, onde usualmente apanhava na perfeição, até com o telemóvel a EBEIRAS. Ora, a Observador deve ter mesmo direcionado o emissor para a zona de Viseu ou de Coimbra, porque agora, a Antena 1 é rainha e senhora, liga o RDS no rádio do telefone como se estivesse ali ao lado do Sameiro. No rádio do carro ainda vai entrando, muito mal, mas RDS nem vê-lo.
Rádio é:
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Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

semog

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Re: Rádio Observador
« Responder #3235 em: Novembro 16, 2024, 09:19:02 pm »
Em Aveiro, sem qualquer interferência, emissão nacional e local Viseu (destacado a laranja).

Enviado do meu SM-A528B através do Tapatalk


joao_s

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Re: Rádio Observador
« Responder #3236 em: Novembro 20, 2024, 07:56:34 pm »
Aqui, nos 92.6 OBSRVDOR, tenho vindo a notar a ausência da radialista Maria João Simões no prime-time matutino, designado de “Manhãs 360”. O que é feito de Maria João Simões?

Reitero, já referi anteriormente, acho o espaço “Manhãs 360” um muito bom momento de rádio, embora só ouça a intervalos desde o início (6h57) até às 8h10. Dinamizado pelo(a)s radialistas Carla Jorge de Carvalho (jornalista, anteriormente pivô da SIC N), Maria João Simões (locução e fio condutor do programa, passou por várias estações de rádio nacionais), Bruno Vieira Amaral (também escritor, crítico literário, etc. Saiu uma entrevista no “Público”, apresentando-se com um estilo self made man vanguardista dos anos 80/90, no qual muita gente se revê) e Paulo Ferreira (conhecido dos ecrãs de TV, análise de fundo e comentário), acho que resulta muito bem.

Portanto, recomendado.

O Bigode do Sala

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Re: Rádio Observador
« Responder #3237 em: Novembro 20, 2024, 08:22:28 pm »
Aqui, nos 92.6 OBSRVDOR, tenho vindo a notar a ausência da radialista Maria João Simões no prime-time matutino, designado de “Manhãs 360”. O que é feito de Maria João Simões?

Reitero, já referi anteriormente, acho o espaço “Manhãs 360” um muito bom momento de rádio, embora só ouça a intervalos desde o início (6h57) até às 8h10. Dinamizado pelo(a)s radialistas Carla Jorge de Carvalho (jornalista, anteriormente pivô da SIC N), Maria João Simões (locução e fio condutor do programa, passou por várias estações de rádio nacionais), Bruno Vieira Amaral (também escritor, crítico literário, etc. Saiu uma entrevista no “Público”, apresentando-se com um estilo self made man vanguardista dos anos 80/90, no qual muita gente se revê) e Paulo Ferreira (conhecido dos ecrãs de TV, análise de fundo e comentário), acho que resulta muito bem.

Portanto, recomendado.

Apesar da minha escolha matutina recair mais para a Antena 1, muito por culpa das rubricas de veteranos como Fernando Alves e Francisco Sena Santos e o humor do Portugalex, gosto creio que as melhores manhãs informativas são as da Rádio Observador, pois aliam as notícias a boa conversa.
Também gosto muito da História do Dia do Ricardo Conceição.
«O que acontece no Mundo é que toda a gente que nasce, nasce de alguma maneira poeta! Inventor de algo que não havia no Mundo antes de eles nascerem!
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Agostinho da Silva

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Re: Rádio Observador
« Responder #3238 em: Novembro 20, 2024, 09:14:46 pm »
Aqui, nos 92.6 OBSRVDOR, tenho vindo a notar a ausência da radialista Maria João Simões no prime-time matutino, designado de “Manhãs 360”. O que é feito de Maria João Simões?

Reitero, já referi anteriormente, acho o espaço “Manhãs 360” um muito bom momento de rádio, embora só ouça a intervalos desde o início (6h57) até às 8h10. Dinamizado pelo(a)s radialistas Carla Jorge de Carvalho (jornalista, anteriormente pivô da SIC N), Maria João Simões (locução e fio condutor do programa, passou por várias estações de rádio nacionais), Bruno Vieira Amaral (também escritor, crítico literário, etc. Saiu uma entrevista no “Público”, apresentando-se com um estilo self made man vanguardista dos anos 80/90, no qual muita gente se revê) e Paulo Ferreira (conhecido dos ecrãs de TV, análise de fundo e comentário), acho que resulta muito bem.

Portanto, recomendado.

Apesar da minha escolha matutina recair mais para a Antena 1, muito por culpa das rubricas de veteranos como Fernando Alves e Francisco Sena Santos e o humor do Portugalex, gosto creio que as melhores manhãs informativas são as da Rádio Observador, pois aliam as notícias a boa conversa.
Também gosto muito da História do Dia do Ricardo Conceição.
São as duas opções que ainda vão valendo a pena ouvir nas manhãs, Antena 1 e Observador.

O resto nem vou comentar.

pdnf

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Re: Rádio Observador
« Responder #3239 em: Novembro 21, 2024, 10:46:31 am »
A RR se fizesse um equilíbrio entre entretenimento e informação (50/50) ficaria um espaço muito interessante, ao mesmo tempo que não desgastaria tanto a equipa de animação das manhãs, que está a ser sugada até ao tutano. Ainda assim, ainda são umas manhãs muito interessantes. Talvez falte à Observador e à Antena 1 alguns momnentos de leveza que chamem público. É que, para quem está parado no trânsito uma hora ou duas, estar a levar com doses massivas de informação densa, não dá. Ainda ontem dei boleia à minha mãe, que foi durante anos ouvinte assídua da TSF, e nos últimos anos roda apenas entre RR e Smooth, e ia a ouvir as manhãs da Antena 1, e queixou-se justamente do que referi. Queixa que já ouvi de várias pessoas, mais e menos jovens, e que, em parte compartilho. Se queremos que a rádio de palavra consiga fazer estragos às musicais.
Num plano diferente, para jovens, as manhãs da Cidade FM, que ficam em terceiro lugar nas áreas metropolitanas e em Lisboa mordem o Café da Manhã, também não estão mal conseguidas.
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.