Autor Tópico: Rádio Observador - frequências possíveis para cobertura da região Centro  (Lida 17448 vezes)

sintonia

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Re: Rádio Observador - frequências possíveis para cobertura da região Centro
« Responder #105 em: Março 04, 2024, 11:55:56 am »
Sintonia:
- no mesmo exato post que citou eu concordei com o próprio pdf quanto à leitura dele.
- não há qualquer contradição, a menção a "ponto central" vinha do Sintonia mencionar que Leiria era mais central que Coimbra por ser um distrito mais populoso, aliás, argumento que bate e rebate e não conhece outro.
- Desenvolvo muito mais o meu raciocínio sobre o porquê de ter que ser Coimbra, na minha opinião, que é a minha opinião, e o Sintonia só apanha o fim como se eu não me tivesse dado ao trabalho de estar quase vinte minutos de cada vez a escrever.

Ninguém aqui se está a contradizer:
- Coimbra é a capital atual da região centro, dizem três utilizadores;
- Interessa o eixo de cobertura da A1, dizem dois utilizadores diretamente, digo eu indiretamente e afirmam mais 2 utilizadores em parciais de análise entre Fátima e Leiria, e entre Coimbra e o resto.
- Interessa que um emissor mate dois coelhos (um distrito e boa parte da Região de Leiria), que um emissor que mate um só coelho (a Região de Leiria): dizem todos os utilizadores.

O único que está contracorrente e com a aparente obsessão da Serra d'Aire é o Sintonia. Isto para mim está claro.

Tem direito à sua opinião? Tem. Acha que fica melhor em Leiria, certo! Não tem direito é a manipular a escrita pelos os outros indevidamente, sem ter em conta a totalidade do que estes escreveram e só a citar o que interessa. Atenção a isso. Isto não é o Facebook.

Acho que essa sua resposta, além do impreciso face à totalidade do que se debateu, roçou ligeiramente com o ofensivo para comigo e, portanto, quando assim é, arrumo a pasta sobre o assunto. Fique lá com a maioria absoluta dos "votos" em Coimbra só porque "tem que ser" e, não, não releia o que escreveram antes, porque, de facto, não vale a pena. A contradição chega a ser tão óbvia que se torna difícil de ver, é um facto. Felizmente que os poderes decisores não se ficam pelos potenciais ouvintes de auto-estrada, nem pelas opiniões que estão looonge da valoração comercial real necessária e cuja medição se faz tendo por base factores que mencionei e não por achamentos e centralidades de "capitais" mais ou menos famosas.

estvmkt

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Re: Rádio Observador - frequências possíveis para cobertura da região Centro
« Responder #106 em: Março 04, 2024, 11:10:54 pm »
Eu gostava que escolhessem um emissor que conseguisse chegar a Viseu.
Viseu tem auditório para a Observador.
E Viseu a única que deixa algum sinal e somente nalgumas zonas,os 98.4...ali em Mangualde a caminho da A25 e nesta ate a área de serviço de Mangualde. Depois em Viseu ja captei no centro histórico. Mas depende dos rádios.
88.1 sinal zero.

ruicleto

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Re: Rádio Observador - frequências possíveis para cobertura da região Centro
« Responder #107 em: Março 05, 2024, 11:54:29 am »
Eu gostava que escolhessem um emissor que conseguisse chegar a Viseu.
Viseu tem auditório para a Observador.
E Viseu a única que deixa algum sinal e somente nalgumas zonas,os 98.4...ali em Mangualde a caminho da A25 e nesta ate a área de serviço de Mangualde. Depois em Viseu ja captei no centro histórico. Mas depende dos rádios.
88.1 sinal zero.
A ex-rádio Mangualde (107,1) cobria bem Viseu. Está atualmente encerrada... novo concurso?

Memorias da Radio

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Re: Rádio Observador - frequências possíveis para cobertura da região Centro
« Responder #108 em: Março 07, 2024, 01:36:47 am »
Eu gostava que escolhessem um emissor que conseguisse chegar a Viseu.
Viseu tem auditório para a Observador.
E Viseu a única que deixa algum sinal e somente nalgumas zonas,os 98.4...ali em Mangualde a caminho da A25 e nesta ate a área de serviço de Mangualde. Depois em Viseu ja captei no centro histórico. Mas depende dos rádios.
88.1 sinal zero.
A ex-rádio Mangualde (107,1) cobria bem Viseu. Está atualmente encerrada... novo concurso?

Se o governo que por aí vier sequer for de fazer concursos.

sintonia

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Re: Rádio Observador - frequências possíveis para cobertura da região Centro
« Responder #109 em: Março 14, 2024, 07:33:36 am »
Depois do expressivo (e disruptivo, e justo!) manifesto da região algarvia nas últimas eleições legislativas, impõe-se mesmo uma mudança de paradigma: Portugal não pode continuar a ser só Lisboa e Porto e seus arredores.

A Rádio Observador deve, mesmo, apostar depressa em emissões na:
- Região do Centro (Leiria e Coimbra e Viseu);
- Região do Algarve (Barlavento e Sotavento);
- Região do Interior (Beira Alta e Beira Baixa).

Tenho dito ;D

sintonia

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Re: Rádio Observador - frequências possíveis para cobertura da região Centro
« Responder #110 em: Março 20, 2024, 07:12:20 pm »
[...] não esquecer que Ourém é já distrito de Leiria e pertence à região. [...]

Este é um erro muito comum e que carece ser esclarecido: o município de Ourém NÃO PERTENCE ao Distrito de Leiria, mas sim ao Distrito de Santarém. Tal confusão deve-se ao facto de a maioria dos municípios do Distrito de Santarém estarem localizados na (antiga) província do Ribatejo, porém, com duas excepções: Ourém, que se localiza na (antiga) província da Beira Litoral, e Mação, que se localiza na (antiga) província da Beira Baixa. Além disso, o município de Ourém possui duas cidades, Ourém e Fátima, sendo que esta última, ainda que na pertença territorial administrativa do distrito de Santarém está, no entanto, inserida na unidade administrativa religiosa da Diocese de Leiria (hoje em dia chamada de Diocese de Leiria-Fátima).


Mapa do Distrito de Santarém


Mapa do Distrito de Leiria

Fica o esclarecimento (aqui ilustrado com mapas que ajudam à melhor identificação dos dois distritos e suas respectivas localidades) :)

sintonia

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Re: Rádio Observador - frequências possíveis para cobertura da região Centro
« Responder #111 em: Março 20, 2024, 07:31:56 pm »
Corrijo aqui duas pequenas imprecisões face aos dados estatísticos que publiquei no passado dia 3 de Março de 2024 (e que apenas corroboram a importância da ampliação da cobertura da Rádio Observador, sobretudo por esta ordem / densidade geográfica):

Distrito de Faro (dados de 2022):
- População de 472 000 habitantes
- 6° distrito mais populoso do país
- Densidade populacional de 95,2 habitantes por km²

Distrito de Leiria (dados de 2022):
- População de 467 139 habitantes
- 7° distrito mais populoso do país
- Densidade populacional de 132 habitantes por km²

Distrito de Coimbra (dados de 2022):
- População de 411 450 habitantes
- 9° distrito mais populoso do país
- Densidade populacional de 104 habitantes por km²

Uma antena na Fóia (alto da Serra de Monchique) e outra no Caramouço (alto da Serra de Aire) fariam, certamente, grandes maravilhas ;)

Memorias da Radio

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Re: Rádio Observador - frequências possíveis para cobertura da região Centro
« Responder #112 em: Março 20, 2024, 08:48:57 pm »
[...] não esquecer que Ourém é já distrito de Leiria e pertence à região. [...]

Este é um erro muito comum e que carece ser esclarecido: o município de Ourém NÃO PERTENCE ao Distrito de Leiria, mas sim ao Distrito de Santarém. Tal confusão deve-se ao facto de a maioria dos municípios do Distrito de Santarém estarem localizados na (antiga) província do Ribatejo, porém, com duas excepções: Ourém, que se localiza na (antiga) província da Beira Litoral, e Mação, que se localiza na (antiga) província da Beira Baixa. Além disso, o município de Ourém possui duas cidades, Ourém e Fátima, sendo que esta última, ainda que na pertença territorial administrativa do distrito de Santarém está, no entanto, inserida na unidade administrativa religiosa da Diocese de Leiria (hoje em dia chamada de Diocese de Leiria-Fátima).

https://i.postimg.cc/LXY694M0/mapa-distrito-de-santarem.jpg
Mapa do Distrito de Santarém

https://i.postimg.cc/Qd7MZdh4/mapa-distrito-de-leiria.jpg
Mapa do Distrito de Leiria

Fica o esclarecimento (aqui ilustrado com mapas que ajudam à melhor identificação dos dois distritos e suas respectivas localidades) :)

Agora imagine como era aqui há 10 anos, quando tinha que ir a Ribeira do Fárrio, em que há coisas num e noutro distrito, o caos mental que não era. :P

Agradecido pela correção!

pdnf

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Re: Rádio Observador - frequências possíveis para cobertura da região Centro
« Responder #113 em: Março 21, 2024, 12:54:52 am »
Corrijo aqui duas pequenas imprecisões face aos dados estatísticos que publiquei no passado dia 3 de Março de 2024 (e que apenas corroboram a importância da ampliação da cobertura da Rádio Observador, sobretudo por esta ordem / densidade geográfica):

Distrito de Faro (dados de 2022):
- População de 472 000 habitantes
- 6° distrito mais populoso do país
- Densidade populacional de 95,2 habitantes por km²

Distrito de Leiria (dados de 2022):
- População de 467 139 habitantes
- 7° distrito mais populoso do país
- Densidade populacional de 132 habitantes por km²

Distrito de Coimbra (dados de 2022):
- População de 411 450 habitantes
- 9° distrito mais populoso do país
- Densidade populacional de 104 habitantes por km²

Uma antena na Fóia (alto da Serra de Monchique) e outra no Caramouço (alto da Serra de Aire) fariam, certamente, grandes maravilhas ;)

Há uns tempos em resposta a um ouvinte, fiquei com uma certeza das palavras do José Manuel Fernandes: não vai haver nem mais um emissor para lá dos 6, o remanescente fica no digital. Ou esta Assembleia da República muda essa parte da lei, o que para mim faz todo o sentido, já me exprimi várias vezes sobre como podemos olhar para a vizinha Espanha na gestão do espectro, ainda que com o prejuízo de alguma saturação mais, ou então os 2M de pessoas que ficam por servir fora do eixo Braga-Setúbal são remetidas ao digital. Não esquecer que tanto a Observador como a Mega estão compradoras na mesma zona, e tanto quanto (do pouco que) sei a perda de Rio Maior não foi lá muito bem digerida na Buraca, portanto, não me acredito que agora não vão tentar passar a perna. Os valores é que devem estar caros.
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

Memorias da Radio

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Re: Rádio Observador - frequências possíveis para cobertura da região Centro
« Responder #114 em: Março 21, 2024, 03:54:51 pm »
Com valência e com querer tudo se faz. E o Observador nunca esteve comprador exceto do Seixal, está é arrendatário, que é como estão quase todas as frequências.

A dificuldade deles deverá estar no facto de que por um lado querem uma optimização de rede, mas por outro não dá para pegar e arrendar em muitas das frequências como estão sem as optimizar, só que para optimizar tem um custo que provavelmente quem pode ceder a antena não está nem para ter, nem para repercutir no valor do aluguer. É um jogo de soma nula e um impasse que certamente acabará quando alguém na zona centro, digamos, "perder a paciência" e aceitar ceder...

Possivelmente haverá também quem não queira sequer que se arrende, mas apenas vender. Ora, de capital inicial do lado do Observador existia, mas só pedindo mais aos acionistas é que isso será um conceito, e não nos podemos esquecer que o Observador dá (ainda que pouco) prejuízo. Não gera receitas suficientes por si próprio. E torna-se difícil justificar essa compra por exemplo em Coimbra ou em Leiria quando isso não aconteceu em Vila do Conde nem em São João da Madeira, isto parece-me evidente.

Além disso nem todas as frequências serão estratégicas para eles. Têm que fazer omoletes quase sem ovos e fazer escolhas: se direcionam para a A1, perdem muito provavelmente a Figueira. Se a fazem omnidirecional, vão haver zonas de sombra. Se a têm demasiado longe de Rio Maior, não faz ponte. Se a têm demasiado próxima, perdem Coimbra ou o norte de Coimbra. Isto não é fácil.

Também se dizia e se achava que o Observador ia fazer um takeover direto à TSF em 2019, quando foi lançada. Passou-se a pandemia, passou-se uma crise enorme na Global Media, saiu-se dela, passaram-se três eleições, e a Observador ainda tem 1/3 a 1/4 da audiência da TSF com reposicionamentos de todas as generalistas/informativas para se tornarem mais "agressivas". Ainda não há locução de madrugada, a grelha começa a ter repetições em série logo às 21h, e por aí fora.

É por isso que isto provavelmente ainda não saiu do papel. Isso, e a renovação de alvarás que deve ter interrompido muita coisa.

O parto desta frequência na zona Centro está tão difícil como o da Digi lol
« Última modificação: Março 21, 2024, 04:04:08 pm por Memorias da Radio »

O Bigode do Sala

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Re: Rádio Observador - frequências possíveis para cobertura da região Centro
« Responder #115 em: Março 21, 2024, 10:16:22 pm »
[...] não esquecer que Ourém é já distrito de Leiria e pertence à região. [...]

Este é um erro muito comum e que carece ser esclarecido: o município de Ourém NÃO PERTENCE ao Distrito de Leiria, mas sim ao Distrito de Santarém. Tal confusão deve-se ao facto de a maioria dos municípios do Distrito de Santarém estarem localizados na (antiga) província do Ribatejo, porém, com duas excepções: Ourém, que se localiza na (antiga) província da Beira Litoral, e Mação, que se localiza na (antiga) província da Beira Baixa. Além disso, o município de Ourém possui duas cidades, Ourém e Fátima, sendo que esta última, ainda que na pertença territorial administrativa do distrito de Santarém está, no entanto, inserida na unidade administrativa religiosa da Diocese de Leiria (hoje em dia chamada de Diocese de Leiria-Fátima).


Mapa do Distrito de Santarém


Mapa do Distrito de Leiria

Fica o esclarecimento (aqui ilustrado com mapas que ajudam à melhor identificação dos dois distritos e suas respectivas localidades) :)

Junte ao caso de Ourém e Mação, ao da Ponte de Sor que, apesar de ser distrito de Portalegre, há quem o considerasse inserido na Província do Ribatejo, tal como Vila Franca de Xira, Azambuja (Distrito de Lisboa), Alcochete, Montijo e Moita (Distrito de Setúbal).

A formação dos distritos foi levada a cabo pela reforma administrativa de Mouzinho da Silveira no Século XIX e as províncias foram (muito bem) delimitadas pela escola de Coimbra, em 1936, tendo como rosto o geógrafo Amorim Girão.

Com a Constituição da República Portuguesa de 1976, a figura das províncias foi extinta, perdurando o desenho administrativo feito nos tempos de Mouzinho da Silveira, até que (sabe-se lá quando) fosse adoptada a Regionalização, havendo aí um modelo de regiões autónomas.

Um pouco de trivia sobre o município de Ourém.
Apesar de muitos associarem ao distrito de Leiria, visto estar a uma distância bem mais curta que Santarém (a vila das Matas de Espite (município de Ourém) está a uns 15 kms de Leiria, ou a antiga freguesia da Freixianda é um enclave entre os municípios leirienses de Alvaiázere e Pombal), a razão por estar associada aos scalabitanos é que aquando a delimitação dos distritos, Mouzinho da Silveira ordenou que todos os municípios cujas sedes ficassem a Sul do cume do Maciço da Serra de Aire e Candeeiros pertenciam a Santarém e a Norte a Leiria.

Situação mais ou menos semelhante se verificou no sector Nordeste do distrito de Santarém com as serras do Bando dos Santos e de Envendos. A vila de Mação fica a sul do seu cume, mas a maior parte do território do seu município fica a Norte, existindo situações caricatas como a vila de Envendos (local termal e onde é engarrafada as águas Vitalis e 7 Fontes) estar a mais de 100 kms de Santarém e a pouco mais de 50 kms da cidade albicastrense.

O joao_s é capaz de confirmar ou desmentir algumas coisas que escrevi.

Peço desculpa pelo off-topic geográfico.

Creio ser importante, além de Leiria e Coimbra, a Rádio Observador ter um emissor na Serra de São Mamede, pois garantia uma excelente comutação com os 92.6 que, em dias com condições atmosféricas limpas, se consegue escutar até à Portagem (Marvão).
A Rádio Portalegre tem uma boa captação na Beira Baixa e na cidade de Évora.
« Última modificação: Março 21, 2024, 10:18:13 pm por O Bigode do Sala »
«O que acontece no Mundo é que toda a gente que nasce, nasce de alguma maneira poeta! Inventor de algo que não havia no Mundo antes de eles nascerem!
E inteiramente individual: cada um poeta que é!»

Agostinho da Silva

pdnf

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Re: Rádio Observador - frequências possíveis para cobertura da região Centro
« Responder #116 em: Março 22, 2024, 02:22:53 am »
Com valência e com querer tudo se faz. E o Observador nunca esteve comprador exceto do Seixal, está é arrendatário, que é como estão quase todas as frequências.

A dificuldade deles deverá estar no facto de que por um lado querem uma optimização de rede, mas por outro não dá para pegar e arrendar em muitas das frequências como estão sem as optimizar, só que para optimizar tem um custo que provavelmente quem pode ceder a antena não está nem para ter, nem para repercutir no valor do aluguer. É um jogo de soma nula e um impasse que certamente acabará quando alguém na zona centro, digamos, "perder a paciência" e aceitar ceder...

Possivelmente haverá também quem não queira sequer que se arrende, mas apenas vender. Ora, de capital inicial do lado do Observador existia, mas só pedindo mais aos acionistas é que isso será um conceito, e não nos podemos esquecer que o Observador dá (ainda que pouco) prejuízo. Não gera receitas suficientes por si próprio. E torna-se difícil justificar essa compra por exemplo em Coimbra ou em Leiria quando isso não aconteceu em Vila do Conde nem em São João da Madeira, isto parece-me evidente.

Além disso nem todas as frequências serão estratégicas para eles. Têm que fazer omoletes quase sem ovos e fazer escolhas: se direcionam para a A1, perdem muito provavelmente a Figueira. Se a fazem omnidirecional, vão haver zonas de sombra. Se a têm demasiado longe de Rio Maior, não faz ponte. Se a têm demasiado próxima, perdem Coimbra ou o norte de Coimbra. Isto não é fácil.

Também se dizia e se achava que o Observador ia fazer um takeover direto à TSF em 2019, quando foi lançada. Passou-se a pandemia, passou-se uma crise enorme na Global Media, saiu-se dela, passaram-se três eleições, e a Observador ainda tem 1/3 a 1/4 da audiência da TSF com reposicionamentos de todas as generalistas/informativas para se tornarem mais "agressivas". Ainda não há locução de madrugada, a grelha começa a ter repetições em série logo às 21h, e por aí fora.

É por isso que isto provavelmente ainda não saiu do papel. Isso, e a renovação de alvarás que deve ter interrompido muita coisa.

O parto desta frequência na zona Centro está tão difícil como o da Digi lol

Acho que a Observador teve uma estratégia na questão da compra versus arrendamento. A Rádio Baia foi a primeira, compraram para ter uma base para iniciar as transmissões. A partir daí optaram pelo arrendar, porque sejamos sinceros, nenhuma das frequências é excepcional. A Amadora apresenta muitas limitações para norte, ou tenho tido o azar de ir a Lisboa sempre com excelentes condições de propagação, ou então ali pelas portas de Mafra já está a levar com a Renascença a querer entrar. Aliás, duas vezes fui a Sintra antes de existir 92.6 e era sempre 88.1, com um sinal francamente bom face a enorme distância que safava, mesmo no centro da vila. Saindo do distrito de Lisboa, o emissor do Mte da Virgem já ganha por completo. Para sul, sim, a Amadora tem um bom desempenho, aguenta-se mais que o Seixal, mas também não enfrenta grandes barreiras geográficas, a Arrábida está mais para leste, já para norte tem o Montejunto a impedir o sinal de progredir, e um emissor poderoso na frequência.
92.6 é o que sabemos com a Rádio Pampilhosa, se comprassem aquilo, seria absurdo.
98.4 e 88.1 não é que sejam maus, mas estão já longe da área urbana da cidade do Porto. Acredito que se pudessem ter tido oportunidade de comprar um no Mte da Virgem (e em Monsanto) o teriam feito. Eventualmente terão perdido uma boa oportunidade agora com a Festival. Eles e a R/Com, mas certamente o dinheiro não abunda, como referes e bem. A rede da Rádio 5 poderia ser mais interessante para o Porto, e arredores, sendo ambas do Acácio, não vejo que o negócio não pudesse ser feito. Até porque 89.0 está menos pressionado, a Comercial é a mais fraca de Leiria, sem margem para dúvidas, e é muito menos pujante que a M80. Ainda hoje, em Grijó, para esquecer, 98.4 dominados por Coimbra, mas com mais ou menos força, há sempre entradas no sul de Gaia. 88.1 chegam é mais longe a sul que 96.3 e ter Aveiro é abdicar de perfeição no Porto.
Isto liga com o ponto TSF. Obviamente que uma rádio que tenha uma rede de emissores poderosos é mais confortável de escutar. O som é muito mais cristalino, pujante e sem as irritáveis pipocas. A TSF cobre muito bem uma grande maioria da população de Portugal. Se quem pegar nela agora quiser fazer uma compra para a margem sul fica com uma cobertura de topo na AML, ficando a meu ver por resolver o problema do Algarve, que 101.6 não me enchem de todo as medidas. Mas lá está, esbarramos sempre no absurdo limite das 6. A Observador, a meu ver, não devia desprezar o mercado do Funchal e de S. Miguel, onde pode retransmitir integralmente.
« Última modificação: Março 22, 2024, 02:27:38 am por pdnf »
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

sintonia

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Re: Rádio Observador - frequências possíveis para cobertura da região Centro
« Responder #117 em: Março 22, 2024, 04:03:51 pm »
[...] a razão por estar associada aos scalabitanos é que aquando a delimitação dos distritos, Mouzinho da Silveira ordenou que todos os municípios cujas sedes ficassem a Sul do cume do Maciço da Serra de Aire e Candeeiros pertenciam a Santarém e a Norte a Leiria.

Acontece que o Município de Ourém (anteriormente desigado Vila Nova de Ourém) sempre teve a sua sede concelhia situada a Norte do cume do maciço da Serra de Aire; logo, essa justificação não tem cabimento. Quanto à extinção das províncias no papel, tal - felizmente! - nunca teve efeitos práticos na identificação dos portugueses: todos se identificam e dizem ainda com bastante orgulho "sou da Beira Baixa", "sou da Beira Alta", "sou de Trás-os-Montes" e por aí afora...

Já o facto de Ourém, embora no Distrito de Santarém, pertencer à província da Beira Litoral e não à do Ribatejo, a explicação é simples: assim que se atravessa a Serra de Aire para Norte e se entra no território do concelho de Ourém, depressa a lezíria ribatejana dá lugar ao Maciço Calcário Estremenho (MCE) e que nada tem a ver com as características paisagísticas da província a Sul. Tal diferença fez com que o concelho ficasse integrado numa província diferente à dos da maioria do distrito do qual faz parte.

Quanto à Rádio Observador, é urgente - de facto - uma expansão (ampla) da sua cobertura!

sintonia

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Re: Rádio Observador - frequências possíveis para cobertura da região Centro
« Responder #118 em: Março 24, 2024, 05:53:05 am »
[...]

A formação dos distritos foi levada a cabo pela reforma administrativa de Mouzinho da Silveira no Século XIX e as províncias foram (muito bem) delimitadas pela escola de Coimbra, em 1936, tendo como rosto o geógrafo Amorim Girão.

Com a Constituição da República Portuguesa de 1976, a figura das províncias foi extinta, perdurando o desenho administrativo feito nos tempos de Mouzinho da Silveira, até que (sabe-se lá quando) fosse adoptada a Regionalização, havendo aí um modelo de regiões autónomas.

[...]

Já agora: voltando ao assunto das províncias, recordo a todos(as) o famoso (e clássico) mapa das Províncias de Portugal:



Para consultarem uma versão mais ampliada deste mapa, segue a ligação:
https://i.pinimg.com/736x/d4/84/79/d48479aadb3054002284b750529ac220.jpg

pdnf

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Re: Rádio Observador - frequências possíveis para cobertura da região Centro
« Responder #119 em: Março 26, 2024, 11:38:42 am »
Já agora, também não tinha tido ainda oportunidade de escrever, mas consegui fazer Lisboa-Porto no passado Domingo ao final da tarde.

Até ao Carregado fui saindo entre 93.7 e 98.7 (mas muito mais Amadora), do Carregado até Aveiras de Cima alternância entre 92.6 e 93.7. Quando se começa a subir para Minde, o sinal de Rio Maior degrada-se rapidamente, estava a preparar-me para mudar de estação e eis que fiquei surpreendido, o autorádio conseguiu ir buscar uma frequência alternativa, 98.4 Vila do Conde, com sinal absolutamente limpo. Fiquei surpreendido face à distância, mas também pela proximidade aos 98.3 da Antena 1. Passada aquela subida íngreme, a partir das instalações da NOC entrou 88.1 sempre com sinal até às Portagens dos Carvalhos, onde entram novamente os 98.4.
Claro que desconfio fortemente que o caso de 98.4 em Minde terá sido efeito de propagação. Já quanto ao alcance de 88.1 tenho mais dúvidas, uma vez que nenhum dos emissores da zona chegava, nem Cidade FM, nem IN4MEDIA, nem Caima. Em todo o caso, posso dizer que a zona onde o sinal ficou mais fraco foi entre Condeixa-a-Nova e Coimbra, não perdendo o RDS, existia um sinal mais degradado. Ao longo do distrito de Leiria, os 88.1 estiveram sempre impecáveis, incluindo com RT. Portanto, fiquei mais convencido com a opção Coimbra. Quem for da zona, ou tiver de ir a Lisboa ou ao Porto, se quiser fazer o teste...

Em todo o caso, sim, fica registado, consegui fazer os 300km com sinal!  ;D ;D E sim, Rio Maior é fraco no sentido N-S ou S-N!

Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
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