A RFM é uma "rádio" feita por imbecis e para imbecis?
Não tenho reservas em dizer que sim.
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Aguentei 7 minutos hoje por volta das 18:30 para ver o estado da arte...
Era uma treta à volta das chaves...
Aquela malta entrou em transe...
Aumentando o transe aquando do episódio de uma ouvinte, profundamente infantilizada, acerca de ter metido as chaves no sutiã e não as ter encontrado...
Só as encontrou à noite quando se despiu...
Ora bem, em relação ao primeiro post, demarco-me completamente. Isto porque, para mim, só é imbecil quem comete ilicitudes. E gostar de ouvir pop, ou de um produto dirigido às massas, não faz de uma pessoa menos culta, muito menos imbecil. Escrevo-o com naturalidade, porque sou menino para saltar da RFM para a Antena 2, conforme o meu estado de alma, ou vice-versa. E está tudo bem: tem dias em que me apetece consumo fácil, porque já estou tão cansado para intelectualmente processar algo mais, como tem outros em que me sinto a estupidificar perante um produto e é um bálsamo sair de uma destas musicais ligeiras para uma rádio de palavra. O ouvinte não é estanque. E é aqui que vou entroncar no seu segundo post.
Há que dar contexto. A Bento fez anos ontem, e o Tavares deixou as chaves de casa dele no restaurante onde celebraram o aniversário. Acabou a dormir em casa de uma amiga. Foi daí que veio a conversa das chaves, pois parece que é algo recorrente no Hélder. Daí salta para um áudio. E foi aqui que a coisa correu, a meu ver, menos bem.
De facto, o episódio da chave no sutiã, fez-me lembrar, de imediato, o Herman:
https://www.youtube.com/watch?v=BFEKKAFzlY0Estou perfeitamente à vontade para o escrever, porque já em outros momentos e tópicos, elogiei bastante o trabalho, quer da Inês quer do Hélder, mas esta conversa esteve a pouquinho de bater o episódio das cuecas pretas da Inês Nogueira, comentadas e compradas pelo Conguito, há uns anos na MegaHits. Foi, efetivamente, demasiado. Não sou pudico, muito menos puritano, longe disso, mas convém não esquecer que a RFM é o segundo canal da Emissora Católica Portuguesa. De facto, alguma diferença tem de existir em relação à Cidade FM.
Claro que sem ver expressões faciais, fico-me pela minha percepção, mas dado o ligeiro compasso, diria que de meio segundo, que a Inês fez para responder à pergunta sobre o incómodo de ter um objeto no regaço, senti que foi ali meia apanhada na curva, denotando nela algum embaraço. Posso estar enganado, e que tudo isto até fizesse parte previamente do guião, o que não acredito, porque veio na sequência do áudio de uma ouvinte. Agora, se há um produtor, no caso, o Paulo Pereira, esse áudio poderia ter sido analisado previamente e não ter passado.
Não obstante, o assunto poderia ter morrido ali. Mas não, o Hélder conseguiu a proeza de objetificar a conversa, ao meter as notas no meio da mesma... e do sutiã. Dir-me-ão que é uma conversa inocente. É. Mas também é certo que me remeteu de imediato para um ambiente meio que com vibes de Coyote Bar. Foi daqueles dias em que fiz zapping para a Observador. Para bom entendedor, meia palavra basta. Também me pergunto se esta conversa teria surgido se fosse outro homem a estar no ar com o Hélder. Honestamente, acho que não.
Enfim, quando estou aqui a escrever, ou com o nariz enfiado nos .xls também cometo erros. Aqui nem sequer diria que foi isso. Tratou-se de um momento menos feliz. Acontece aos melhores, não retira em nada o mérito que quer o Hélder quer a Inês têm. Estranhamos é por ser na RFM, não na Cidade FM, onde isto passava como uma nota de rodapé. Em todo o caso, o Hélder, que em última análise é o host e único animador, está na RFM há uma semana, depois de anos a fio na supracitada estação. Lembro que, para todos os efeitos, a Inês está remetida, oficialmente, a uma espécie de job shadowing, o que não deixa de ser, no mínimo, muito estranho, considerando que terá uns 7 ou 8 anos de RFM, entre as duas passagens pela casa. Portanto, é ao Hélder que cabe guiar a dança.
E, no fundo, das emissões que ouvi, o que ele precisa, é de ajustar o ritmo da dança, sem necessariamente ter de deixar de dançar salsa, para passar a dançar a valsa. Tem uma excelente dançarina, literal e figurativamente com ele, portanto, não há razão para não correr bem. Sendo que, lembro, falamos sempre de uma rádio musical e de uma rádio leve.
Caso não ocorra, e reforçando o que escrevi no tópico da RR, a propósito da migração de ouvintes que o Fragoso, neste horário, vai certamente levar com ele, principalmente se não existir algum amadurecimento deste painel, diria que pode acontecer algo a que o Tuscano já aludiu. A RFM quer tanto ganhar à Comercial, que se está a arriscar a perder de goleada, pois podem ser muito mais os que saem, seja para a RR, ou mesmo para a Comercial, do que os que entram vindos da Cidade FM e da MegaHits. Porque apesar do Hélder ser das maiores estrelas do TikTok deste país, e claramente a contratação dele visa ir buscar esse segmento de público, não é o Hélder mais um conjunto de animadores das 07h às 22h. O Ronaldo numa equipa de Basquetebol, pouca diferença faria.
Além do mais, o Hélder, como "dono" do painel está a tentar puxar a Inês para o ingrato papel de ser Catarina Moreira, mas, claramente, a postura da Inês é mais crescida e adulta do que a da Catarina. A Inês tem o background da comédia, sabe ser ligeira e bem-dispor, mas em rádio não despe o papel e voz de locutora. A Catarina Moreira era exclusivamente animadora, tanto que, em emissões a solo, fazia praticamente só aos fins-de-semana, ou quando andou em Vale de Cambra.
Veremos os próximos tempos. Para já, hoje, ouvi a última hora, e já não existiram problemas técnicos. De facto, nos primeiros dias, diria que foram o principal problema, desde vias que não se baixaram, a trilhas do trânsito a entrarem no meio da música.
Há uma overdose de Ágata e muita emoção com o trânsito, a fazer puxar o enlace criado no TikTok, mas que pode fazer, quem está no trânsito, ficar um pouco wtf!

. Há muito uso da palavra "gossip". Houve um dia em que também entrou a menina nova, a Rayza, que se tornou um tanto ou nada confuso, até porque, a dada altura, parecia ela a host.
No tocante aos demais painéis:
Café da Manhã, tem um jingle que está 5 estrelas, foi de génio terem ido buscar o tem de Friends, série icónica. Parecendo que não, apela a um certo lado emocional, ajuda a captar ouvintes. É Pedro e Mariana no seu registo habitual, com um Luís Pinheiro muito mais disciplinado do que na Mega, ajustou rapidamente o registo, mas também diria que há mérito do Pedro Fernandes que é exímio na condução da emissão. Corrijo também, a Jéssica não é produtora do CdM, essa função é da Marta Penaguião, que imagino que seja Santa.

Sorry, não resisti.
Corta para... nada a dizer, a não ser que o horário está errado, deveriam ser o regresso a casa. Dupla que, tal como previa, tem uma química muito interessante. Gosto particularmente do facto de não se notar exatamente quem é o host naquele programa. Só por aí se compreende o quão naturalmente flui o programa.
Num mundo ideal, não sei se será tão ideal assim. O Rodrigo, como o próprio admitiu por meias palavras, nota-se que está triste com a saída das manhãs. Fala pouco, é 75% Inês. O que me parece é que ainda falta entrosamento, mas terá potencial.
Helder e Inês já falei, Joana Cruz ouvi não mais que 30 minutos, corta para Boa Noite e Whatever. A Ana Pinheiro funciona muito bem neste horário, até pelo seu timbre. Se não tivessem deixado fugir a Nogueira, puxado o início para as 21h, poderiam ter feito aqui um brilharete, ao reeditarem GNO, obviamente com outro nome.
Oceano Pacífico, há o absurdo do horário como ponto negativo, a playlist a estar muito mais diferenciada do que antes, face ao corpo do dia, é o ponto muito positivo. Sinto que voltou mais às origens. Contudo, confirmando-se o Paulino às 13h, a fazer dois painéis na RR, não percebo porque não passou o OP para as 21h-23h, ou 22h-01h, saindo a Emissão da Noite para as 21h, o que não vejo que fosse assim tão problemático.
No geral, dou uma nota muito positiva a esta mudança. Se repararem, deixou de existir mais do que 2 músicas sem que exista intervenção do animador. De dez para duas, há uma diferença enorme. A diversificação de géneros, e, parece-me, que a kizomba completamente deixada de lado, marcam, efetivamente, uma diferença para melhor na RFM.