A ideia q tenho é que a Bauer, sendo um exemplo de audiências e bons conceitos radiofónicos, podia também dar o exemplo em termos de RH. Permitam que depois saiam diamantes como Hélder, Catarinas Moreiras, Mafaldas Castros, encostem Wilson, etc. Tem lá tanta gente que não faz nada....JPSOUSA, Rugeronis, etc. E os bons, vão saindo.....pena. não sabem reter talento
Não é não saberem reter talento, é apenas que o mercado está mais direcionado a produtos do que a que caras e os salários nestes patamares já não são o que eram também. Um locutor acrescenta, não substitui, e não pode de forma alguma retirar, daí ter-se perdido também a escolha própria em muitos painéis na década de 90. É assim desde que a Rádio Cidade liderou: nenhuma das vozes era particularmente dominante ou conhecida - como aqui também não são, são conhecidas pela rádio - e o diretor da Rádio Cidade que dizia que não fazia uma rádio feita de estrelas, e que a Cidade era feita de forma igual por toda a gente.
O inverso não funciona no nosso mercado, e já foi tentado dezenas de vezes: Central FM, Rádio Metropolitana, Best Rock FM (quando migraram o Pedro Ribeiro, que tinha apresentado na RTP1 não há muito tempo, e o José Carlos Malato que era da SIC), 93.7 Fi FM (sobretudo a Maria João Simões), Rádio Clube Português na terceira vida, Rádio Estádio, enfim, ficava aqui a noite toda.
O conjunto de ambas funciona. Ser a rádio sobre os locutores funciona também. Os locutores sobre a rádio, não. Por isso, o talento é tão útil apenas quanto a rádio em que está. É também por isso que é importante liberalizar o meio: deixar a criatividade fluir de novo, com melhores estruturas empresariais, e permitir adequar os locutores às estações e as estações aos gostos gerais, para evitar ter casos como, por exemplo, a Ana Isabel Arroja, rocker assumida há mais de 20 ou 30 anos que está numa rádio que pouco lhe diz em playlist, e continua lá por ser uma ótima profissional e, bem, por ter contas para pagar como todos temos.