Estive a ouvir esta manhã o Correio da Manhã Rádio e a emissão estava em simultâneo com a CMTV, a qual estava a relatar o descarrilamento da UDD 0454 perto da Fuzeta, bem como os relatos das inundações em Moncarapacho.
A máquina tem que ser revista e muito oleada. Se na CMTV, repetir os depoimentos a cada 2 minutos pode funcionar, essa prática é um autêntico tormento.
Fica mal, o pivô da CMTV estar a remeter a descrição dos factos «conforme as imagens que estamos a passar», além da falta de rigor no português ao sistematicamente proferir «condições climatéricas».
Um noticiário de televisão dificilmente pode ser transposto para rádio, a não ser que o pivô tenha a sensibilidade de narrar as imagens que passa, algo que se torna difícil no meio televisão.
Alguns programas como reportagens e debates até podem funcionar, mas o rigoroso directo não, pois são meios diferentes.
Talvez por isso é que gostamos muito da rádio. As imagens são feitas pela nossa cabeça através das palavras ditas por outros.