Super-atento, ou o sujeito da rádio que estamos impedidos "ilegalmente" de dizer aqui no fórum?
É que quem lê isto, e conhece o tal sujeito... Ui ui... Para quem dizia não se esconder atrás de users, está no bom caminho!
Não vou dizer quem é mas posso dizer quem não é.
E a escrita não é a mesma sequer, se formos ler e ver bem...
Tomam essa decisão porque além de não terem dinheiro para manter o serviço de programas, a rádio e as antenas que têm são completamente irrelevantes.
Depois de ler este artigo fiquei surpreendido https://www.briefing.pt/noticias/golo-fm-remata-as-palavras/
O que eu sei, e estou bem informado, é que o alvará terminou em 8 de maio de 2024 e a ERC não irá renovar o alvará nas condições em que se encontra. A empresa detentora da licença SUPERÁDIO, UNIPESSOAL LDA com o NIF 502855690 é devedora de impostos e consta na lista de devedores ao Fisco e Segurança Social.
Por esse facto, e apenas por esse facto, a ERC por muito que queira não pode renovar o alvará por não cumprir com a obrigação de não ser devedor de impostos e contribuições.
Por sua vez essa empresa "Superrádio" é detida pela empresa SALPICOS DE PUBLICIDADE LDA com o NIF 508512310 também devedora de impostos à AT e também na listagem de devedores.
O próprio João Vinhas (José João Vinhas da Silva) NIF 197612636 é ele mesmo pessoalmente, além de todas as suas empresas, um grande devedor de impostos num total superior a um milhão de euros, fora os credores privados que rondam outro milhão de euros. Também ele pessoalmente consta na listagem de devedores e de execuções públicas nos tribunais com insolvências e imensos processos de penhora.
Nestas coisas factos são factos e não há outra forma de o dizer.
É pena porque o alvará de Amarante assentava que nem uma luva em pelo menos 3 rádios próximas.
A verdade é o que é, este senhor merece ser estudado porque transforma uma vergonha de perder a licença por devido a dívidas com mais uma ideia visionária. Isto já nem é copo meio cheio ou meio vazio, é nem copo nem água e ele ver um oceano. Quem realmente se preocupa com o ambiente moderniza o seu parque tecnológico para equipamentos de menor consumo. Fechar é que nunca.
Ok, isto não é bom, de facto, mas temos que ver as coisas também por um outro ângulo.
Para mim a coisa coloca-se da seguinte maneira: se não se fatura, como é que se vai ganhar dinheiro para pagar a Segurança Social e Finanças? Mas alguém alguma vez ouviu minutos seguidos de publicidade na Golo FM? Eram sempre 3/4/5 spots no máximo de cada vez. Não é sequer uma Rádio Comercial, nem perto, para sustentar esse nível de valores.
O que devia acontecer com o João Vinhas para ter esse volume de dívida é seguramente o que eu já vi acontecer em muito sítio: cobrar impostos que depois não passava às Finanças, por falta de tesouraria ou por opção deliberada. Mesmo a Segurança Social é absolutamente obrigatória e pode não só não a ter pago a colaboradores que contratasse, como não pagar a dele próprio por exemplo, o que não me espantaria num quadro pessoal em que tem este valor de dívida. Lembrando que aqui há atrasado houve exatamente um problema parecido com a Cister FM que envolveu questões com equipamentos e fundos/subsidiação, num valor também altamente expressivo.
Empreender em Portugal é difícil, abrir uma empresa é difícil a partir de um salário recebido sem contrair dívida, arriscar sabendo que se é possível poder afundar-se ainda mais, não se julgue que é pêra doce só porque algumas pessoas têm aí às 10 e 15 empresas porque já antes tinham dinheiro na família. Não é um elevador social como é noutros países europeus, não é visto em muito sítio assim. Para pessoas em situações como o João Vinhas, isto é um problema. E legalmente, em Portugal, os créditos tributários expiram ao fim de 8 anos (não sei a contar do quê, não me perguntem). Os de credores privados creio que ao fim de 20 anos. Ele não é exatamente sénior, portanto não é como se os fosse levar até ao fim da vida.
Portanto, apontar o dedo é fácil, metermo-nos nos papéis dos outros é que não. Atenção.
A parte engraçada de tudo isto é que aqui há atrasado houve uma cessão de alvará a favor da dita empresa, dado que já a anterior tinha dívidas, e a ERC até autorizou. Alguém sensato esperaria que nesta se procurasse estar limpo disso. Não se fez.
Para lá de tudo isso, temos que ele vai preferir desviar aquilo que a última informação que tenho (posso estar enganado, tomar com cautela) é que era cerca de 700 euros por mês (licenciamento da Audiogest), para pagar programação de palavra. Ou seja, deve ter chegado à conclusão, contra todo o mercado, que a palavra em Portugal é mais barata que a música, ou deve conseguir fazê-la mais barata que pagar música + ter licenciamento.
Gostava ainda de perceber exatamente em que ponto é que apenas 16% da emissão que ouço é música, quando sempre que eu ligo a estação está a dar música. Haverá noção?
Isto sendo dito, é uma história mal contada: não é tecnicamente fácil nem possível chegar a mais de 1 milhão de euros de dívida e esse estado de coisas a partir da base que existe. A essa escala tem que haver mais coisas para se saber.
Saberemos certamente dessa cessão de alvará, a confirmar-se, em breve: a ERC voltou aos trabalhos.