Basicamente, são duas frequências fracas, que ou servem mesmo para projetos locais, e a NUNCA prova que, no atual mercado, não há margem para novos players locais, ou então, são mesmo os grupos a deitarem a mão.
Começando pelos 94.8 que são mais "simples". Não têm hipótese de penetrar em Lisboa, a orografia da cidade beneficia os sinais de sul, em detrimento dos de Norte, a questão da Lousã, é mesmo uma exceção, mas é comparar um BMW Serie 5 com um Fiat 500. Só vejo utilidade para uma estação, a Rádio Maria que onde os 94.8 Bombarral começam a chegar, é onde os 102.2 Palmela começam a morrer, justamente por causa da Antena 3 da Lousã. Vindo o tal envelope do estrangeiro, para eles progredirem em Portugal, pode ser uma frequência muito interessante e relevante para a estação, até porque o Norte do Distrito de Lisboa é relativamente envelhecido, e já tem uma proximidade geográfica a Fátima que não é de desprezar. Aliás, não sei até se o emissor bem otimizado não lá conseguiria chegar.
No tocante os 89.2 Amarante, o problema são mesmo os 89.3 Lousã da Antena 2, pese embora desconfie bastante que o emissor não esteja otimizado ao máximo. 92.7 progridem melhor e estão a 0.2 da Antena 2 do Monte da Virgem e têm igualmente a pressão de 92.8 Figueiró dos Vinhos da Smooth (mesmo descontando a evidente diferença de poderio vindo da região centro). Para além disso, ainda apanham de Norte com 89.2 Ponte de Lima da Antena 1, e sim, as frequências de Ponte de Lima até que não são más, basta ver a Ondas do Lima que vai de Vigo a Aveiro com um único emissor. Faz Porto com alguma dificuldade, Vila Real razoavelmente, Braga já divide com Ponte de Lima. De duas uma, ou arranja uma frequência mais limpa, ou não me parece que venha a ser interessante para nenhuma estação, só se for para uma das jovens, para ganhar Vila Real que é universitária. Enquanto e não, já que têm o produto para África, está pago e está, é a conta da luz do emissor de Amarante que vai fazer a diferença? Com a quebra no desporto na RR e na Antena 1, sendo também uma região envelhecida que ainda valoriza o FM, na volta, sem custos adicionais, é mesmo o melhor produto que lá podem ter a tocar, enquanto não se conseguem desfazer do ativo.