Autor Tópico: Grupo Música no Coração  (Lida 1045 vezes)

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Re: Grupo Música no Coração
« Responder #15 em: Novembro 26, 2024, 06:53:48 pm »
Coloquei o Kalorama lá em cima por causa das enchentes o ano passado, mas sim, ainda tem muito que crescer e melhorar.

pdnf

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Re: Grupo Música no Coração
« Responder #16 em: Novembro 26, 2024, 07:00:14 pm »
O Marés Vivas também tem muito cliente jovem ai no norte esgota muita vez. Já outros como o do Montez do Jardins do Marques(este deve conseguir mantê-lo), ou Cool Jazz Festival, até esgotam, mas é mais para um público na sua maioria mais velho.

O Marés também...eheheh! Enfim. Está a tornar-se um bocado festival Morangos com Açúcar. O Cool Jazz ou o Jardins do Marquês, são Festivais/concertos. Fogem bastante do que é a norma.

Coloquei o Kalorama lá em cima por causa das enchentes o ano passado, mas sim, ainda tem muito que crescer e melhorar.
Eu era para ter ido ao primeiro e segundo dia, só comprei bilhete para o primeiro a ver no que dava. Vim para cima logo no dia a seguir. Não me convenceu, sinceramente, valeu pelo Sam Smith.  ;D ;D
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

AG

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Re: Grupo Música no Coração
« Responder #17 em: Novembro 26, 2024, 11:10:24 pm »
O Kalorama ainda tem caminho para palmilhar. Ainda está uns furos abaixo do Primavera e do Alive, o RiR é toda uma outra dimensão, goste-se mais ou menos do estilo. Dos cinco que enumeraste, só ainda não estive no Paredes, pode ser que me estreie este ano, mas acredito que seja até mais próximo do RiR do que dos outros dois.
Se o Montez quer ter alguma oportunidade, pode ser a de tentar fazer um Festival intercalado com o RiR, e numa área mais urbana, porque ir em Agosto para o meio do Alentejo, é para adolescentes, que tipicamente não gastam muito dinheiro.
A MnC teve o seu tempo, e penso que não terá sido culpa do Montez a sua queda. São as circunstâncias normais da vida das empresas.
Nem mais.

Quando Montez começou a organizar festivais estes praticamente não existiram em Portugal. Teve o mérito de ter sido o percursor com o SBSR e depois o Sudoeste.

A verdade é que Montez passou a ter concorrência muito forte (inclusive com apoio estrangeiro), apareceram o Alive, o Primavera Sound ou o Rock in Rio e outros cresceram muito como o Festival de Paredes de Coura. Os seus festivais foram ficando para trás, mais a mais porque são em locais de difícil acesso e estadia, coisa que nos tempos actuais é fundamental.

A corda tinha de roer por algum lado.

Memorias da Radio

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Re: Grupo Música no Coração
« Responder #18 em: Novembro 27, 2024, 03:16:58 am »
O Kalorama ainda tem caminho para palmilhar. Ainda está uns furos abaixo do Primavera e do Alive, o RiR é toda uma outra dimensão, goste-se mais ou menos do estilo. Dos cinco que enumeraste, só ainda não estive no Paredes, pode ser que me estreie este ano, mas acredito que seja até mais próximo do RiR do que dos outros dois.
Se o Montez quer ter alguma oportunidade, pode ser a de tentar fazer um Festival intercalado com o RiR, e numa área mais urbana, porque ir em Agosto para o meio do Alentejo, é para adolescentes, que tipicamente não gastam muito dinheiro.
A MnC teve o seu tempo, e penso que não terá sido culpa do Montez a sua queda. São as circunstâncias normais da vida das empresas.
Nem mais.

Quando Montez começou a organizar festivais estes praticamente não existiram em Portugal. Teve o mérito de ter sido o percursor com o SBSR e depois o Sudoeste.

A verdade é que Montez passou a ter concorrência muito forte (inclusive com apoio estrangeiro), apareceram o Alive, o Primavera Sound ou o Rock in Rio e outros cresceram muito como o Festival de Paredes de Coura. Os seus festivais foram ficando para trás, mais a mais porque são em locais de difícil acesso e estadia, coisa que nos tempos actuais é fundamental.

A corda tinha de roer por algum lado.

É fenómeno relativamente recente. Em 2017 o NOS Alive foi o primeiro festival completamente afirmado e rivalizável com os do Montez... mas já em 2014 ameaçava a coisa ainda como Optimus Alive. O Sudoeste ainda se aguentou razoavelmente com um cartaz minimamente dentro da coisa até 2018/2019, mas o Super Bock Super Rock já há valentes anos que estava mais fraco. A fase descendente começa ou na pandemia ou pouco antes dela.

Tu dizes que os acessos são difíceis e a estadia é difícil para os festivais do Montez?! Mas como assim?

Garanto-te que em termos de acessos são bem melhores que ir ao Passeio Marítimo de Algés para o NOS Alive, onde todos os anos há uma fila de 2 horas por via rodoviária e gente à pinha nos comboios e autocarros e Ubers para chegar ao recinto do NOS Alive. Ou a extrema dificuldade que é arranjares um sítio, legal que não arrisques ser rebocado, para estacionares para o Primavera Sound, que o Parque da Cidade não é sitio fácil de se arranjar estacionamento. Não sei e abstenho-me quanto ao Paredes de Coura e quanto ao Marés Vivas, sei que no primeiro há estacionamento mais organizado e no 2o, epá, é o Canidelo, quão complicado há de ser, mas calma também...

O Sudoeste tem muitos acessos. Tem autocarros diretos ao recinto de vários pontos do país todos os anos, sempre teve, tem ligações ponto-a-ponto da Zambujeira do Mar, tem táxi no horário da madrugada a operar (não é propriamente barato). Acessos não são o problema. Nem arranjar onde dormir para o Sudoeste neste momento, que tens bastante oferta a baixo custo na Zambujeira e circundantes (São Luís, Odemira, etc). Por via rodoviária o acesso é de terra batida e podia ser um pouco melhor, mas não é sequer o espírito do festival.

O Super Bock Super Rock está dependente dos acordos que são ou eram feitos e durante imenso tempo houve autocarros a partir diretos dos Foros de Amora para o Meco, do Oriente para o Meco, do Montijo para o Meco. No último ano de festival isso não aconteceu, não sei porquê, mas isso sempre existiu. Por via rodoviária não são o pior que já vi. Não é como se ficasse uma autoestrada à porta, mas podia ser pior.

Por este andar da carruagem o Boom Festival, que é no meio de exatamente nenhures, não teria qualquer freguesia. E tem. Esse não é o problema.

O problema são os cartazes globalmente cada vez mais previsíveis, com pouco envelope puxado, pouco acompanhamento das tendências da atualidade e de nomes sonantes para fazer a pessoa largar notas. Para ter nomes sonantes é preciso dinheiro, dinheiro esse que está ou esteve em falta. O Jardins do Marquês tem uma construção distinta, é um concerto pago bilhete-a-bilhete compensado pela 1a água dos artistas, e portanto rentabiliza por si só tal como se eles fossem à Aula Magna, paga-se a ele mesmo. Num festival grande tens que fazer economias de escala - o problema é que o Montez tem feito economias de economias nos últimos 5/7 anos. Até agora. Este ano ou no seguinte logo vemos.

É muito cedo para anunciar a morte dos festivais do Montez, é mesmo muito cedo, e manifestamente exagerada qualquer reinvindicação de morte dele. O homem reinventa-se e arranja sempre maneiras de furar o esquema, e não há Covões que lhe meta medo. É ter calma, ter paciência, dar tempo ao tempo, e já se vê a resposta. Até porque recebeu 4 milhões e tal de euros, que bem vão servir para limpar passivos e reinvestir.

Caem (ou mudam) primeiro as rádios que os festivais...

tuscano332

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Re: Grupo Música no Coração
« Responder #19 em: Novembro 27, 2024, 02:07:45 pm »
O Kalorama ainda tem caminho para palmilhar. Ainda está uns furos abaixo do Primavera e do Alive, o RiR é toda uma outra dimensão, goste-se mais ou menos do estilo. Dos cinco que enumeraste, só ainda não estive no Paredes, pode ser que me estreie este ano, mas acredito que seja até mais próximo do RiR do que dos outros dois.
Se o Montez quer ter alguma oportunidade, pode ser a de tentar fazer um Festival intercalado com o RiR, e numa área mais urbana, porque ir em Agosto para o meio do Alentejo, é para adolescentes, que tipicamente não gastam muito dinheiro.
A MnC teve o seu tempo, e penso que não terá sido culpa do Montez a sua queda. São as circunstâncias normais da vida das empresas.
Nem mais.

Quando Montez começou a organizar festivais estes praticamente não existiram em Portugal. Teve o mérito de ter sido o percursor com o SBSR e depois o Sudoeste.

A verdade é que Montez passou a ter concorrência muito forte (inclusive com apoio estrangeiro), apareceram o Alive, o Primavera Sound ou o Rock in Rio e outros cresceram muito como o Festival de Paredes de Coura. Os seus festivais foram ficando para trás, mais a mais porque são em locais de difícil acesso e estadia, coisa que nos tempos actuais é fundamental.

A corda tinha de roer por algum lado.

É fenómeno relativamente recente. Em 2017 o NOS Alive foi o primeiro festival completamente afirmado e rivalizável com os do Montez... mas já em 2014 ameaçava a coisa ainda como Optimus Alive. O Sudoeste ainda se aguentou razoavelmente com um cartaz minimamente dentro da coisa até 2018/2019, mas o Super Bock Super Rock já há valentes anos que estava mais fraco. A fase descendente começa ou na pandemia ou pouco antes dela.

Tu dizes que os acessos são difíceis e a estadia é difícil para os festivais do Montez?! Mas como assim?

Garanto-te que em termos de acessos são bem melhores que ir ao Passeio Marítimo de Algés para o NOS Alive, onde todos os anos há uma fila de 2 horas por via rodoviária e gente à pinha nos comboios e autocarros e Ubers para chegar ao recinto do NOS Alive. Ou a extrema dificuldade que é arranjares um sítio, legal que não arrisques ser rebocado, para estacionares para o Primavera Sound, que o Parque da Cidade não é sitio fácil de se arranjar estacionamento. Não sei e abstenho-me quanto ao Paredes de Coura e quanto ao Marés Vivas, sei que no primeiro há estacionamento mais organizado e no 2o, epá, é o Canidelo, quão complicado há de ser, mas calma também...

O Sudoeste tem muitos acessos. Tem autocarros diretos ao recinto de vários pontos do país todos os anos, sempre teve, tem ligações ponto-a-ponto da Zambujeira do Mar, tem táxi no horário da madrugada a operar (não é propriamente barato). Acessos não são o problema. Nem arranjar onde dormir para o Sudoeste neste momento, que tens bastante oferta a baixo custo na Zambujeira e circundantes (São Luís, Odemira, etc). Por via rodoviária o acesso é de terra batida e podia ser um pouco melhor, mas não é sequer o espírito do festival.

O Super Bock Super Rock está dependente dos acordos que são ou eram feitos e durante imenso tempo houve autocarros a partir diretos dos Foros de Amora para o Meco, do Oriente para o Meco, do Montijo para o Meco. No último ano de festival isso não aconteceu, não sei porquê, mas isso sempre existiu. Por via rodoviária não são o pior que já vi. Não é como se ficasse uma autoestrada à porta, mas podia ser pior.

Por este andar da carruagem o Boom Festival, que é no meio de exatamente nenhures, não teria qualquer freguesia. E tem. Esse não é o problema.

O problema são os cartazes globalmente cada vez mais previsíveis, com pouco envelope puxado, pouco acompanhamento das tendências da atualidade e de nomes sonantes para fazer a pessoa largar notas. Para ter nomes sonantes é preciso dinheiro, dinheiro esse que está ou esteve em falta. O Jardins do Marquês tem uma construção distinta, é um concerto pago bilhete-a-bilhete compensado pela 1a água dos artistas, e portanto rentabiliza por si só tal como se eles fossem à Aula Magna, paga-se a ele mesmo. Num festival grande tens que fazer economias de escala - o problema é que o Montez tem feito economias de economias nos últimos 5/7 anos. Até agora. Este ano ou no seguinte logo vemos.

É muito cedo para anunciar a morte dos festivais do Montez, é mesmo muito cedo, e manifestamente exagerada qualquer reinvindicação de morte dele. O homem reinventa-se e arranja sempre maneiras de furar o esquema, e não há Covões que lhe meta medo. É ter calma, ter paciência, dar tempo ao tempo, e já se vê a resposta. Até porque recebeu 4 milhões e tal de euros, que bem vão servir para limpar passivos e reinvestir.

Caem (ou mudam) primeiro as rádios que os festivais...
Cheira-me que o Montez no próximo ano irá conseguir manter dois dos seu festivais:
 
O do Marques, porque não funciona tanto em pacote, é mais espectáculo a espectáculo, é um estilo na onda do Cool Jazz Festival, cantores latinos, mas não só e é na sua maioria para um público mais adulto com dinheiro. Para este deve conseguir aguentar os patrocínios etc.

O outro é o Sumol Summer Fest, por conta do estilo musical dele que é reggae e afins, e a clientela desta onda musical está quase sempre presente, independentemente do cartaz.

O resto dos Festivais, um já o perdeu, o de inverno, também com o apoio da mesma cerveja não foi feito, e o Sudoeste parece-me que não vai haver no próximo ano, a não ser que arranje um bom patrocínio, mas como ele disse na SIC, a coisa está difícil. Também é verdade que ele se colocou a jeito, pois quando tentas puxar público jovem, pondo em grande destaque no cartaz, por exemplo o Nile Rodgers, que muita da malta jovem, que é uma parte substancial do público alvo, ainda hoje não sabe quem é, nem conhece o seu enorme legado(é um grandíssimo músico, a que muitos outros devem a carreira e sucesso, etc) como aconteceu no último Super Bock Super Rock, ou tens um dia em que o Cabeça de Cartaz são os Xutos e Pontapés, como aconteceu no Sudoeste não vais lá, nem puxas o jovem a comprar bilhete, só mesmo os indefectíveis, que já estão habituados a ir para pela borga e pouco ligam ao cartaz.

Coisas fora do comercial, menos conhecidas, etc, não sendo um festival de World Music(MED ou Sines), só mesmo os festivais a norte conseguem motivar as pessoas, como acontece no Paredes de Coura e no Primavera Sound(embora este também tenha nomes mais chamativos), porque os programadores sabem fazer a coisa, o de Paredes é mestre nisso.
« Última modificação: Novembro 27, 2024, 02:14:48 pm por tuscano332 »

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Re: Grupo Música no Coração
« Responder #20 em: Novembro 28, 2024, 01:10:16 am »
Coisas fora do comercial, menos conhecidas, etc, não sendo um festival de World Music(MED ou Sines), só mesmo os festivais a norte conseguem motivar as pessoas, como acontece no Paredes de Coura e no Primavera Sound(embora este também tenha nomes mais chamativos), porque os programadores sabem fazer a coisa, o de Paredes é mestre nisso.
Embora, nesse domínio, o Primavera deste ano seja uma desilusão, face à expectativa que foi criada pelo cartaz de Barcelona, e pelo que tem vindo a ser a norma do cartaz dos últimos anos. Vamos lá ver, não sou um purista. Tanto gosto de estar a ouvir a Antena 2, a Smooth ou a Nova, mas também sabe bem aquela pop de consumo rápido, e que fica no ouvido. Palpita-me que o Primavera este ano também vai ficar com a casa mais vazia.
« Última modificação: Novembro 28, 2024, 09:50:36 am por AG »
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

tuscano332

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Re: Grupo Música no Coração
« Responder #21 em: Dezembro 02, 2024, 09:42:01 pm »
Ele vai mesmo manter o Festival Jardins do Marquês em Oeiras, já tem até um cantor anunciado, é o Italiano Mário Biondi a 6 de Julho, primeira parte Herman José. É como disse, este gênero de festival é mais fácil de manter.
« Última modificação: Dezembro 02, 2024, 09:47:10 pm por tuscano332 »