Estações de radiodifusão > Rádios no mundo

BBC Rádio

(1/31) > >>

joao_s:
A Rádio 2 da BBC baseia-se em conceitos que não estamos habituados em Portugal.

A grelha estrutura-se em programas fixos, do tipo magazine, com convidados e assuntos do quotidiano de interesse geral, condimentados com música contemporânea variada, do pop ao rock, do folk ao jazz, etc. um equilibro entre os êxitos do momento com os das 5 décadas precedentes. Por outro lado, a grelha contempla programas que se renovam, o ouvinte ao ligar o recetor na expetativa de ouvir um dado programa, depara-se com outro programa no ar, no mesmo horário. É como se a rádio de reinventasse e renovasse periodicamente, uma dinâmica que se faz ouvir, sobretudo, no horário da noite. Tal faz lembrar as séries de televisão, muitas organizadas em temporadas, que, quando terminam são substituídas por outras. Talvez este modelo, que se renova, permita estabelecer um fluxo de pessoas de fora do mundo da rádio que participam na construção de uma imagem pública profícua da mesma, ao produzirem programas temáticos de qualidade, com conteúdos de que são “especialistas”.

Este agradável modelo de rádio vigora no Reino Unido desde 1967, mas por cá é uma absoluta novidade. Nunca ouvi nenhuma rádio com estas características em Portugal.

Esperemos que na próxima quinta-feira os ingleses não desistam deste irreconhecível projeto da UE. É importante lembrar que este país foi impulsionador da revolução industrial (a rádio nasceu com a revolução industrial), da democracia, do comércio, da ciência, das artes, do cinema, da literatura, da música, etc., ou seja, uma referência na cultura, ciência, economia das sociedades ocidentais. Abrir um rombo, uma brecha, no projeto europeu não serve as partes, o que poderá é preceder um período de maior incerteza, maior complexidade, de novas/velhas rivalidades de desfecho difícil de antecipar.

AM-FM:
Desculpe-me a provocação: primeiro, a "tara" era a Smooth FM. Depois, é a BBC Radio 2. Não me interprete mal, mas a seguir será o quê? A Sputnik russa ou a Rádio Popular de Soure?

joao_s:
??

Num fórum público cada um publica aquilo que acha sobre um dado assunto. Suponho que não está obrigado a seguir a corrente, e ser condicionado à partida. Chama-se a isso pluralismo. Se o assunto não lhe interessar, não lê. Tão simples quanto isso. É o que usualmente se faz. Não é uma provocação, é a sua opinião, válida como qualquer outra.
Sputnik e Rádio Popular de Soure?? Qual a relação? Nonsense…

FMnoAlentejo:

--- Citação de: joao_s em Junho 21, 2016, 12:00:23 am ---Esperemos que na próxima quinta-feira os ingleses não desistam deste irreconhecível projeto da UE. É importante lembrar que este país foi impulsionador da revolução industrial (a rádio nasceu com a revolução industrial), da democracia, do comércio, da ciência, das artes, do cinema, da literatura, da música, etc., ou seja, uma referência na cultura, ciência, economia das sociedades ocidentais. Abrir um rombo, uma brecha, no projeto europeu não serve as partes, o que poderá é preceder um período de maior incerteza, maior complexidade, de novas/velhas rivalidades de desfecho difícil de antecipar.

--- Fim de Citação ---

Os Ingleses votaram no Brexit... e agora? Será que vai mudar algo na BBC Radio 2?  ;D

joao_s:
Viva "FMnoAlentejo",

o resultado explosivo do referendo irá provocar ondas de choque com consequências imprevisíveis na UE, mas também no próprio Reino Unido que, no limite, pode deixar de o ser, dando lugar a estados independentes. Um terramoto prolongado em que a generalidade dos danos apenas se estimará passado anos, quando a poeira assentar. A Europa não voltará a ser a mesma, para que sentido evoluirá, ninguém sabe.

Na escala subatómica, à primeira vista, o serviço público de rádio e televisão do Reino Unido pode ser afetado, caso a Escócia e Irlanda do Norte se separem, levando à desintegração (uma turbulência que se tende a espalhar pelo continente europeu, servindo de rastilho para outras regiões reivindicarem o separatismo). Apenas referindo as estações de rádio públicas, estas multiplicam-se em número elevado pelas terras de S. Majestade.

A Radio 2 espelha, de alguma forma, a influência que a cultura inglesa tem no mundo ocidental, e dirige-se aos cidadãos de uma sociedade contemporânea e cosmopolita. O que pode acontecer, como consequência desta tomada de posição, é que a cultura inglesa deixe de ter relevância no ocidente. Não deixa de ser irónico que o país cuja língua materna foi adotada como língua universal, falada em todo o mundo, a língua da globalização, queira erguer fronteiras e isolar-se de um dos maiores blocos económicos do planeta. O Reino Unido não pode desconectar-se da Europa, isso é certo, a Europa nunca será completa sem o Reino Unido. O que se segue suscita um enorme interesse, a acompanhar, por exemplo em rádios informativas como a Antena 1 ou TSF (no setor da radiodifusão). Devemos a existência da Europa atual a este País, em que o dia D, o desembarque dos aliados nas praias da Normandia, a 6 de junho de 1944, que finalizou o domínio nazi na Europa, é um dos exemplos mais relevantes. Para não falar da revolução industrial e do movimento Arts&Crafts, da qual a indústria alemã se inspirou. As influências relevantes são inúmeras…

Navegação

[0] Índice de mensagens

[#] Página seguinte

Ir para versão completa