Autor Tópico: Grupo Impresa  (Lida 5277 vezes)

Atento

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Re: Grupo Impresa
« Responder #15 em: Outubro 02, 2025, 12:50:22 pm »

O Bigode do Sala

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Re: Grupo Impresa
« Responder #16 em: Outubro 21, 2025, 11:00:21 pm »
«O que acontece no Mundo é que toda a gente que nasce, nasce de alguma maneira poeta! Inventor de algo que não havia no Mundo antes de eles nascerem!
E inteiramente individual: cada um poeta que é!»

Agostinho da Silva

Atento

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Re: Grupo Impresa
« Responder #17 em: Outubro 22, 2025, 08:40:56 am »
Pinto Balsemão - paz à sua alma.

A) Relevante empreendedor dos média privados,

B) Absolutamente nefasto para o grupo RTP, tentando-o diminuir e cercar através de pressões junto dos vários governos;

C) Um político mediano, dentro dos grandes (nunca foi verdadeiramente aceite no PPD/PSD), com ligações a grupos internacionais com relevância e influência.


Com a morte do patriarca também o grupo irá para outras mãos - um castigo merecido pela constante pressão junto dos governos face à RTP. Além disso, o herdeiro não tem andamento para aquilo.
« Última modificação: Outubro 22, 2025, 08:45:21 am por Atento »

Julio Carvalho

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Re: Grupo Impresa
« Responder #18 em: Outubro 22, 2025, 09:41:24 am »
Foi um grande HOMEM!!!

Olhando hoje para esses empresarios privados da Comunicação Social, práticamente  de vão  de escada, este homem não tem comparação.
Constriu um império.  Ele e Nabeiro foram, para mim, os dois maiores empresário  deste país.
Fo um Homem de Cultura, superiormente  inteligente.
No tempo em que foi Primeiro Ministro  foi quando o Expresso foi mais contundente contra o governo e isto diz tudo.

Mao foi realmente um grande político,  porque não era politica, apresa da política  estar sempre na sua vida.
Foi deputado da Ala Liberal,  fundador do PSD e Primeiro Ministro apos a morte de Sá Carneiro.

Paz a sua Alma...
« Última modificação: Outubro 22, 2025, 09:43:31 am por Julio Carvalho »

Atento

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Re: Grupo Impresa
« Responder #19 em: Outubro 22, 2025, 01:11:09 pm »
Foi um grande HOMEM!!!

Olhando hoje para esses empresarios privados da Comunicação Social, práticamente  de vão  de escada, este homem não tem comparação.
Constriu um império.  Ele e Nabeiro foram, para mim, os dois maiores empresário  deste país.
Fo um Homem de Cultura, superiormente  inteligente.
No tempo em que foi Primeiro Ministro  foi quando o Expresso foi mais contundente contra o governo e isto diz tudo.

Mao foi realmente um grande político,  porque não era politica, apresa da política  estar sempre na sua vida.
Foi deputado da Ala Liberal,  fundador do PSD e Primeiro Ministro apos a morte de Sá Carneiro.

Paz a sua Alma...

É evidente que os maiores são Cavaco e Soares.  As duas grandes figuras da política portuguesa. Os dois grandes que foram tudo o que quiseram ser. Acresce ainda que Cavavaco não veio de nenhum berço de oiro como Balsemão,  Soares, Sá-Carneiro,  Cunhal e afins...

pdnf

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Re: Grupo Impresa
« Responder #20 em: Outubro 22, 2025, 03:44:35 pm »
No tempo em que foi Primeiro Ministro  foi quando o Expresso foi mais contundente contra o governo e isto diz tudo.
Quem era o Diretor do Expresso nessa altura? O homem que adora meter veneno em tudo o que mexe, e que, nada me tira da cabeça, deitou abaixo um Governo de maioria absoluta e outro de minoria relativa bem recentemente, porque a sua personalidade narcísica oculta, de um modo diferente de um Sócrates ou Ventura, que são grandiosos, não suportava a ideia de não ser ele o centro das atenções.

Ainda ontem, foi o primeiro a entrar em direto e a fazer longos monólogos sobre o quão bom foi alguém a quem ele fez, literalmente, a cama. O que o Expresso fez nessa altura, não sendo eu vivo, já li bastante sobre isso, não era independência, nem sequer oposição. Ia além disso. Chama-se atirar as pessoas para a frente do comboio com objetivos pessoais. Curiosamente, outro semanário dirigido por outro Padre de Domingo à Noite, na ex-Emissora Católica de TV, fez exatamente o mesmo, a coberto de uma suposta Independência. Bem chamou Balsemão de "escorpião" a quem lhe chamou lelé da cuca.

É evidente que os maiores são Cavaco e Soares.  As duas grandes figuras da política portuguesa. Os dois grandes que foram tudo o que quiseram ser. Acresce ainda que Cavaco não veio de nenhum berço de oiro como Balsemão,  Soares, Sá-Carneiro,  Cunhal e afins...
Soares e Cavaco são, sem dúvida, os grandes responsáveis pela passagem de um Portugal militar para um Portugal Democrático e civil, que espero que perdure a partir de 2026, pois gosto pouco de quem ainda puxa do título quando já é civil. O único aspeto que se pode apontar a Cavaco foi o de não ter sido um verdadeiro opositor ao Regime do Estado Novo, mas, como referiu o Atento, é mais difícil quando não se nasce em berço de ouro, ou se é líder do Partido Comunista e, ao mesmo tempo, ""afilhado"" do ditador. Paradoxos de uma elite portuguesa.
Quanto a Sá Carneiro, é evidente que teve também uma tremenda relevância, que uma morta prematura lhe roubou. O próprio Álvaro Cunhal, à sua maneira, apesar dos desvarios pré-PREC, também tem o seu mérito, na transição do PCP para um partido plenamente democrático, longe das tontarias de outras forças de extrema-esquerda.
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

ruicleto

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Re: Grupo Impresa
« Responder #21 em: Outubro 22, 2025, 04:13:10 pm »
"passagem de um Portugal militar para um Portugal Democrático e civil"? noto que a transição esteve sempre prevista e os únicos responsáveis pela sua concretização foram os próprios militares, que já previam nos documentos inerentes ao movimento dos capitães, tal transição para uma democracia com sufrágio universal.
Relevo que o título (posto militar), nos militares dos quadros permanentes, permanece até ao final das suas vidas, tal como as comendas e outros títulos, assim como também é verdade para os títulos concedidos pelo ensino superior (seja militar ou civil).

Julio Carvalho

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Re: Grupo Impresa
« Responder #22 em: Outubro 22, 2025, 04:54:04 pm »
Durante o consulado como primeiro ministro de Balsemão,  quem foi director  do jornal, foi Augusto de Carvalho, tambem já  falecido...

Quanto a grandes políticos, o maior foi Mário Soares.
Sendo de um quadrante completamente  oposto ao dele, tenho ( sempre tive) uma grande admiração por ele.
Escuso me a dizer porquê,  mas se hoje estamos num sistema democrático.sobretudo a ele o devemos.

Um exemplo , de um grande democrata...

O Bigode do Sala

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Re: Grupo Impresa
« Responder #23 em: Outubro 22, 2025, 09:50:32 pm »
Durante o consulado como primeiro ministro de Balsemão,  quem foi director  do jornal, foi Augusto de Carvalho, tambem já  falecido...

Quanto a grandes políticos, o maior foi Mário Soares.
Sendo de um quadrante completamente  oposto ao dele, tenho ( sempre tive) uma grande admiração por ele.
Escuso me a dizer porquê,  mas se hoje estamos num sistema democrático.sobretudo a ele o devemos.

Um exemplo , de um grande democrata...

Como figura do poder e com poder, Pinto Balsemão não está isento de controvérsias.

Contudo, mesmo sendo um consumidor, defensor e atento ao serviço público de rádio e televisão, reconheço que este só consegue ter o papel charneira bem cimentado com órgãos de comunicação social livres e isso só se garante havendo uma iniciativa privada variada e forte. O país também deve isso a Francisco Pinto Balsemão.

Não quero imaginar viver num país onde os órgãos de comunicação social eram dominados pelo duopólio Estado e Santa Sé, com a agravante que a Internet civil era uma mera obra ficção científica.

Pegando nas palavras do caro R4, o maior elogio que lhe posso tecer são as palavras escritas, em 1998, pelo director do Expresso aquando Balsemão era Primeiro Ministro: Augusto de Carvalho.

https://expresso.pt/actualidade/augusto-de-carvalho-e-os-25-anos-do-expresso=f749254

Pessoalmente e puxando a brasa à nossa sardinha radiofónica, questiono a razão de, dada a ligação do saudoso Emídio Rangel à TSF Rádio Jornal, o porquê da SoJornal não ter comprado o portefólio TSF, XFM e NRJ Rádio Energia aquando o desaparecimento da cooperativa e a venda à Lusocanal. À Impresa sempre lhe faltou a rádio para ser uma empresa plenamente multimédia.
Aliás, a SIC até há poucos anos mantinha uma ligação de cortesia com a TSF.

Outro tesourinho que aqui deixo é sobre o leilão da Rádio Comercial, onde FPB apoiou a família Botelho Moniz para a compra da RC, talvez com o intuito histórico de reaver para aquela família a marca Rádio Clube Português nacionalizada no pós-25 de Abril de 1974.

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/privatizacao-da-radio-comercial/
« Última modificação: Outubro 22, 2025, 09:55:56 pm por O Bigode do Sala »
«O que acontece no Mundo é que toda a gente que nasce, nasce de alguma maneira poeta! Inventor de algo que não havia no Mundo antes de eles nascerem!
E inteiramente individual: cada um poeta que é!»

Agostinho da Silva

AG

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Re: Grupo Impresa
« Responder #24 em: Outubro 22, 2025, 10:18:36 pm »
"passagem de um Portugal militar para um Portugal Democrático e civil"? noto que a transição esteve sempre prevista e os únicos responsáveis pela sua concretização foram os próprios militares, que já previam nos documentos inerentes ao movimento dos capitães, tal transição para uma democracia com sufrágio universal.
Relevo que o título (posto militar), nos militares dos quadros permanentes, permanece até ao final das suas vidas, tal como as comendas e outros títulos, assim como também é verdade para os títulos concedidos pelo ensino superior (seja militar ou civil).
Esteve prevista mas não sempre: a dada altura do PREC a vontade de fazer essa transição era praticamente nula, entre outras coisas, estava previsto um órgão de soberania paralela à AR - a Assembleia do MFA - e em que o Presidente da República seria eleito pela AR e pela AMFA; a acrescentar a isso uma espécie de "Senado militar" que era o Conselho da Revolução! Foi fundamental o combate dos partidos democráticos contra a instauração de um regime militarista, sobretudo o PS, o PPD e o CDS.

O 25 de novembro, no fundo teve essa razão, de "repor" o programa saído do 25 de abril na sua globalidade e avançar para um regime totalmente democrático, ainda assim com uma solução de compromisso, em que num período transitório esse "Senado militar", o CR, continuaria até que uma revisão constitucional - que só podia ser feita a partir de 1980 - o extinguisse.

A partir de 1976 a saída dos militares dos órgãos de poder político foi deixando de ser tema, embora a extinção desse órgão - algo bizarro - que foi o Conselho da Revolução em 1982 não tivesse sido fácil de digerir para os militares. E por isso a revisão constitucional desse ano, gizada por Balsemão e Soares foi tão importante.
« Última modificação: Outubro 23, 2025, 12:19:43 am por AG »

pdnf

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Re: Grupo Impresa
« Responder #25 em: Outubro 22, 2025, 11:08:32 pm »
"passagem de um Portugal militar para um Portugal Democrático e civil"? noto que a transição esteve sempre prevista e os únicos responsáveis pela sua concretização foram os próprios militares, que já previam nos documentos inerentes ao movimento dos capitães, tal transição para uma democracia com sufrágio universal.
Relevo que o título (posto militar), nos militares dos quadros permanentes, permanece até ao final das suas vidas, tal como as comendas e outros títulos, assim como também é verdade para os títulos concedidos pelo ensino superior (seja militar ou civil).
Um militar não se pode candidatar a PR, portanto, se está na corrida, não deve usar o título, e ele não esconde que até gosta dele. Nada contra que o use, mas não no contexto de um cargo que tem de ser ocupado por um civil.

Sobre a primeira parte, o @AG disse tudo. Acrescentaria apenas que é mais ao menos consensual entre os historiadores políticos e económicos que Portugal entra no pelotão das democracias liberais, de matriz totalmente ocidental, justamente com a governação de Francisco Pinto Balsemão, que começa a lançar que abrem caminho a que Mário Soares e Cavaco Silva, os dois pais fundadores da verdadeira democracia política, Parlamentar e Plural, devolvam o país a uma economia plenamente de mercado. Em bom rigor, eu nasci em 1991, e ainda me lembro, por exemplo, dos combustíveis tabelados pelo Estado, ou da falta de concorrência nas telecomunicações. Algumas reformas que vêm dos tempos da Revolução, e também do absolutamente planificador Estado Novo, só mesmo nos governos de Barroso e Sócrates é que ficaram concluídas.
(Também não deixa de ser verdade que continua a imperar uma lógica de cartelização, que na maioria dos países da Europa seria severamente sancionada, e aqui passa pelos pingos da chuva).

Não quero imaginar viver num país onde os órgãos de comunicação social eram dominados pelo duopólio Estado e Santa Sé, com a agravante que a Internet civil era uma mera obra ficção científica.

Pegando nas palavras do caro R4, o maior elogio que lhe posso tecer são as palavras escritas, em 1998, pelo director do Expresso aquando Balsemão era Primeiro Ministro: Augusto de Carvalho.

https://expresso.pt/actualidade/augusto-de-carvalho-e-os-25-anos-do-expresso=f749254

Pessoalmente e puxando a brasa à nossa sardinha radiofónica, questiono a razão de, dada a ligação do saudoso Emídio Rangel à TSF Rádio Jornal, o porquê da SoJornal não ter comprado o portefólio TSF, XFM e NRJ Rádio Energia aquando o desaparecimento da cooperativa e a venda à Lusocanal. À Impresa sempre lhe faltou a rádio para ser uma empresa plenamente multimédia.
Aliás, a SIC até há poucos anos mantinha uma ligação de cortesia com a TSF.

Outro tesourinho que aqui deixo é sobre o leilão da Rádio Comercial, onde FPB apoiou a família Botelho Moniz para a compra da RC, talvez com o intuito histórico de reaver para aquela família a marca Rádio Clube Português nacionalizada no pós-25 de Abril de 1974.

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/privatizacao-da-radio-comercial/

Certo. Foi uma perda o grupo TSF não ter ficado nas mãos da Impresa. Pessoalmente, tenho uma ideia de porque não terá acontecido, acho que na peça a jornalista deixa a nu, para bom entendedor. A TSF é, ainda hoje, uma rádio de esquerda. Provavelmente, se tivesse ido para a Impresa, provavelmente hoje não teríamos um tópico designado "Rádio Observador".
Sempre pensei que a relação de cortesia da SIC era com a R/Com... ;D ;D

Em relação à direção do Expresso, têm mesmo a certeza de que o atual Presidente não era diretor no período do Governo Balsemão? Ainda ontem ao ouvi-lo, ficava com essa ideia, e há vários CV's dele que o deixam subentendido:

https://gci.iscte-iul.pt/2022/univ/assets/bio/marcelo_rebelo_sousa.pdf?utm_source=chatgpt.com

Rádio é:
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O Bigode do Sala

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Re: Grupo Impresa
« Responder #26 em: Outubro 22, 2025, 11:34:48 pm »
"passagem de um Portugal militar para um Portugal Democrático e civil"? noto que a transição esteve sempre prevista e os únicos responsáveis pela sua concretização foram os próprios militares, que já previam nos documentos inerentes ao movimento dos capitães, tal transição para uma democracia com sufrágio universal.
Relevo que o título (posto militar), nos militares dos quadros permanentes, permanece até ao final das suas vidas, tal como as comendas e outros títulos, assim como também é verdade para os títulos concedidos pelo ensino superior (seja militar ou civil).
Um militar não se pode candidatar a PR, portanto, se está na corrida, não deve usar o título, e ele não esconde que até gosta dele. Nada contra que o use, mas não no contexto de um cargo que tem de ser ocupado por um civil.

Sobre a primeira parte, o @AG disse tudo. Acrescentaria apenas que é mais ao menos consensual entre os historiadores políticos e económicos que Portugal entra no pelotão das democracias liberais, de matriz totalmente ocidental, justamente com a governação de Francisco Pinto Balsemão, que começa a lançar que abrem caminho a que Mário Soares e Cavaco Silva, os dois pais fundadores da verdadeira democracia política, Parlamentar e Plural, devolvam o país a uma economia plenamente de mercado. Em bom rigor, eu nasci em 1991, e ainda me lembro, por exemplo, dos combustíveis tabelados pelo Estado, ou da falta de concorrência nas telecomunicações. Algumas reformas que vêm dos tempos da Revolução, e também do absolutamente planificador Estado Novo, só mesmo nos governos de Barroso e Sócrates é que ficaram concluídas.
(Também não deixa de ser verdade que continua a imperar uma lógica de cartelização, que na maioria dos países da Europa seria severamente sancionada, e aqui passa pelos pingos da chuva).

Não quero imaginar viver num país onde os órgãos de comunicação social eram dominados pelo duopólio Estado e Santa Sé, com a agravante que a Internet civil era uma mera obra ficção científica.

Pegando nas palavras do caro R4, o maior elogio que lhe posso tecer são as palavras escritas, em 1998, pelo director do Expresso aquando Balsemão era Primeiro Ministro: Augusto de Carvalho.

https://expresso.pt/actualidade/augusto-de-carvalho-e-os-25-anos-do-expresso=f749254

Pessoalmente e puxando a brasa à nossa sardinha radiofónica, questiono a razão de, dada a ligação do saudoso Emídio Rangel à TSF Rádio Jornal, o porquê da SoJornal não ter comprado o portefólio TSF, XFM e NRJ Rádio Energia aquando o desaparecimento da cooperativa e a venda à Lusocanal. À Impresa sempre lhe faltou a rádio para ser uma empresa plenamente multimédia.
Aliás, a SIC até há poucos anos mantinha uma ligação de cortesia com a TSF.

Outro tesourinho que aqui deixo é sobre o leilão da Rádio Comercial, onde FPB apoiou a família Botelho Moniz para a compra da RC, talvez com o intuito histórico de reaver para aquela família a marca Rádio Clube Português nacionalizada no pós-25 de Abril de 1974.

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/privatizacao-da-radio-comercial/

Certo. Foi uma perda o grupo TSF não ter ficado nas mãos da Impresa. Pessoalmente, tenho uma ideia de porque não terá acontecido, acho que na peça a jornalista deixa a nu, para bom entendedor. A TSF é, ainda hoje, uma rádio de esquerda. Provavelmente, se tivesse ido para a Impresa, provavelmente hoje não teríamos um tópico designado "Rádio Observador".
Sempre pensei que a relação de cortesia da SIC era com a R/Com... ;D ;D

Em relação à direção do Expresso, têm mesmo a certeza de que o atual Presidente não era diretor no período do Governo Balsemão? Ainda ontem ao ouvi-lo, ficava com essa ideia, e há vários CV's dele que o deixam subentendido:

https://gci.iscte-iul.pt/2022/univ/assets/bio/marcelo_rebelo_sousa.pdf?utm_source=chatgpt.com

Essa relação de cortesia com a R/Com é recente.

Relembro que era comum nos anos 90 e 2000 o intercâmbio de jornalistas entre a TSF e a SIC (o Fernando Alves, por exemplo, foi comentador na Noite da Má Língua, a Quadratura do Círculo era basicamente o Flashback da TSF e quando a Maria João Ruela foi baleada no Iraque (lembro-me de ver isso na TV) ela estava acompanhada por um repórter da TSF. Onde é que a Rádio Observador tem essa classe que a TSF tinha?

https://www.bbc.com/portuguese/noticias/story/2003/11/printable/031114_portuguesjr
«O que acontece no Mundo é que toda a gente que nasce, nasce de alguma maneira poeta! Inventor de algo que não havia no Mundo antes de eles nascerem!
E inteiramente individual: cada um poeta que é!»

Agostinho da Silva

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Re: Grupo Impresa
« Responder #27 em: Outubro 23, 2025, 12:03:58 am »
Onde é que a Rádio Observador tem essa classe que a TSF tinha?
Certo, a TSF, com a mesma idade tinha outro status, pese embora não ache a Observador um mau produto, para os padrões de hoje. Só digo é que, provavelmente, num grupo que tem um certo pulsar mais à direita moderada, talvez não tivesse existido essa necessidade de produto, se a TSF tivesse sido adquirida pela Impresa, pois esse espaço sociológico estaria ocupado.
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.


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Re: Grupo Impresa
« Responder #29 em: Outubro 23, 2025, 12:36:16 am »
Em relação à direção do Expresso, têm mesmo a certeza de que o atual Presidente não era diretor no período do Governo Balsemão? Ainda ontem ao ouvi-lo, ficava com essa ideia, e há vários CV's dele que o deixam subentendido:

https://gci.iscte-iul.pt/2022/univ/assets/bio/marcelo_rebelo_sousa.pdf?utm_source=chatgpt.com
Foram os dois: Marcelo Rebelo de Sousa até 1981 e Augusto de Carvalho até de 1981 até 1983.