O problema das rádios nacionais é serem rádios catch-all. Ou seja, têm de ir em busca da maior percentagem de população possível. E sabemos que 40% da população portuguesa vive nas duas Áreas Metropolitanas (Reais, não Administrativas) de Porto e Lisboa, que têm hábitos de consumo muito similares.
Semana passada estive em Boticas, e de manhã liguei a RFM. Estava a ouvir o Rodrigo Gomes a falar sobre a confusão tremenda do dia a seguir ao Natal, e dei comigo a olhar pela janela, onde no centro do munícipio não se passava nada, apenas um silêncio ensurdecedor. Ouvi-lo falar sobre shoppings, num local onde o mais próximo dista 70kms... vamos ser sinceros, o que dizem estes temas a quem vive no Portugal profundo? É óbvio. Nada. A questão é que essa parcela da população é muito reduzida.
Em todo o caso, justiça seja feita, logo no dia 27/12 ouvi no SNT da Antena 1 alertarem para o Nevoeiro intenso no eixo do Marão - Alvão e Caramulo, tanto mais que decidi voltar pela A7 em vez de pela A4, e mesmo assim, nos primeiros Kms da A7 fui engolido pelo nevoeiro denso, a ponto de só se poder circular a uns 30 km/h.
Ontem, na RR a Filipa Galrão, por mais do que uma vez foi alertando para o especial cuidado nas deslocações nas zonas altas de Vila Real e Bragança, devido à persistência de nevoeiro.
É o que é. O problema não são as nacionais catch all. Falta, isso sim, é a nossa Rádio Galega, principalmente para as regiões fora da AMP/AML.