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Acho que não vale a pena.
O espectro está saturado e a ANACOM anda com dificuldades. Isto só era resolvido com DAB. Esperamos que em breve possa chegar a Portugal.
O DAB+ não resolve apenas a gestão do espetro radioelétrico e a qualidade do serviço de radiodifusão, permite a redução dos custos de operação, inclusive, a partilha de custos, uma vez que um emissor é dimensionado para difundir várias estações de rádio.
Quanto custa manter uma rede nacional em FM ao operador (contanto com consumo de energia, despesas de manutenção normais, sem incluir avarias imprevistas)? Qual a percentagem no orçamento? Uma coisa é certa, com DAB+ esses encargos baixam, podendo essas verbas ser reinvestidas em recursos humanos, estúdios e, quiçá, novos produtos.
Numa situação transitória, que dura vários anos, o DAB+ e FM coexistem (tal como aconteceu em sucessivas décadas com FM/AM). Em FM apenas ficam os centros emissores em funcionamento, os retransmissores são desligados com o tempo, até ao switch-off.
O DAB+ poderia ser iniciado com a implementação de centros emissores em Monsanto, Montejunto, Lousã e Mte. da Virgem (Fase 1).
Nesta conjuntura de total imprevisibilidade internacional e perante o cenário da guerra se estender até aos países europeus da NATO, cenário que nunca julguei plausível, se isto se verificar, estamos perante uma recessão nunca vista na Europa, pós WWII. Para manter a paz na Europa será necessário investir no armamento e num exército europeu, um paradoxo inevitável.
Em cenário de crise, temos as rádios a esbanjar recursos financeiros para manter em operação uma tecnologia obsoleta, o FM. Não faz sentido.