O metro do Porto apenas funcionou em serviços mínimos no tronco Senhora da Hora - Dragão. Para quem usa a linha de Rio Tinto ficou a zero. Todas as demais linhas para Maia e Póvoa, encerradas. Não dar notícia disto significa ma informação. Ao contrário, em Lisboa vão sempre ao pormenor de tudo.
Nada contra, a rádio é lisboeta.
A Rádio Nova o que disse sobre o assunto?
E a No Ar?
E a Rádio 5?
E a Rádio Onda Viva?
A Nova de certeza que mencionou o assunto e corretamente, mesmo no caso da Inês Lopes Mota que vem precisamente da Maia. Meto as minhas mãos no fogo por esta.
A No Ar tem informação largamente por ter, tal como a Rádio 5.
A Onda Viva pode ou não ter mencionado, uma vez que é da Póvoa de Varzim e têm boa informação, mas no caso deles desculparia se dissessem que o Metro estava encerrado na Póvoa - porque estava e só têm que dar informação que valha para o concelho deles, máximo Vila do Conde.
Qualquer uma destas 4 somadas tem menos audiência que o Observador ou qualquer das nacionais, portanto continua a contar ter que haver essa informação em rádios nacionais. Lamento, não é um qualquer metro simplificado que está para arrancar, como o que vai agora sair em breve para Serpins, é um metro que movimenta
79 milhões de pessoas:
https://eco.sapo.pt/2024/01/19/metro-do-porto-bate-recorde-anual-absoluto-com-79-milhoes-de-passageiros-em-2023/Não é para ter meros dois segundos de referência em 2 boletins do Observador. Tinha que ter maior exposição, pelos múltiplos valores que mencionei, e menos ainda ficar meramente relegado para rádios locais, como o Atento parece sugerir. Se os órgãos de comunicação são nacionais, e não de Lisboa, dão as notícias que interessam no país.
Levo ao extremo com um caso prático: alguém que fizesse Lisboa - Porto de Alfa Pendular em viagem de negócios e precisasse do Metro para ir à zona industrial da Maia, zona bastante rica, e target que em princípio o Observador pretende abarcar, não conseguia. Ontem não conseguia. Ficava-se pela Senhora da Hora, ou então tinha que andar a inventar e ir tentar apanhar autocarros dos STCP e da Unir ao centro do Porto, ou tentava apanhar Uber (não ia ser barato), e ia chegar atrasado ao que quer que tivesse marcado. E se ouvisse o Observador, chapéu, porque nem sabia que ele acabava na Senhora da Hora nem sabia que ele estava afinal a funcionar e dava pelo menos para se organizar minimamente dentro do Porto. Percebe o que lhe estou a dizer? É grave.
Para mim é assunto encerrado, o Observador falhou - acontece, compreendo, mas falhou. Nenhum argumento lógico é o bastante para justificar um lapso deste tipo, é mais produtivo ir-se pelo ângulo de ter havido uma falha e ninguém perde tempo. Não aceitarei qualquer outra argumentação, porque não é possível razoavelmente aceitar qualquer outra argumentação - vai-se desacreditar o Metro do Porto? Vai-se desculpar o tamanho dos noticiários? Vai-se culpar as pobres jornalistas que são mandadas para onde forem mandadas pelas editorias? Vai-se buscar exatamente
o quê para uma destas?
Os transportes da Unir fazem greve e não são abordados na estação, ok, compreendo, aceito como opção editorial, são soluções largamente de último recurso e fora do target. O Metro do Porto, no Porto, Atento, e eu não sei se tem noção disto,
é absolutamente central na vida de todos, vindos de onde vierem e vão para onde forem, de carro ou sem carro. Não é um Metro de Lisboa que roça o concelho vizinho apenas - apanha uma série de concelhos. É estruturante. Não é para ser despachado assim, porque não é essa a importância que tem para a região. É mesmo uma questão de profissionalismo.
E tenho dito, que isto cansa-me. Haver regionalização ou não haver é absolutamente irrelevante para este assunto, é mesmo uma questão de se saber e atribuir a devida importância às coisas que a têm. E isso, diria para qualquer região e qualquer concelho, não é por ser o Porto.