Espectro radioeléctrico > Rádio digital
Radio Digital em Portugal e no Mundo
ASantos:
Olá!
Gostaria de iniciar aqui uma discussão sobre radio digital. Válida para qualquer tecnologia, claro!
Tive uma disciplina sobre tecnologias de broadcast digitais na faculdade, mas só agora despertei interesse para radio digital.
Porque é que não vingou em Portugal, quando foi implementada a rede? O que acham que falhou e o que deveria ter sido feito?
Acho que em termos tecnológicos a coisa está dominada. Fazer uma boa cobertura, em particular em Portugal, seria o próximo desafio.
Mas talvez o maior desafio seria a mudança na sociedade. Será que poderia trazer vantagens significativas para a sociedade? Hoje em dia, acham que ainda faz sentido pensar em fazer o switch para digital?
Pelos comentários que tenho lido em algumas noticias online, e mesmo as noticias em si, a apreciação feita a esta tecnologia não é positiva. Mas muitas vezes os media dão voz àqueles cujo os interesses são (quase) óbvios de defender e também é tendência o pessoal da critica negativa se manifestar com mais frequência. Pelo sim, pelo não, acho que esta discussão faz sentido num forum radio....por isso quem tem opinião que se chegue à frente!
Cumprimentos e obrigado pela atenção!
Luis Carvalho:
As principais razões, a meu ver, porque a rádio digital não vingou em Portugal:
1- mais do mesmo (as mesmÃssimas rádios disponÃveis em FM (Antena 1, Antena 2, Antena 3, RR e RFM) , sem oferecer nenhuma estação nova exclusivamente digital, que trouxesse uma lufada de ar fresco ao éter nacional).
2- abandono do "barco". A RR desistiu rapidamente da ideia de emitir em DAB, porquanto a emissora católica portuguesa não viu grandes perspectivas de futuro e de crescimento de audiência na rádio digital. Não prática, o DAB só se aguentou durante tantos anos mercê do investimento da então RDP, passando a ser um monopólio da rádio pública (por desisteresse dos operadores privados).
3- escassez e preços dos receptores de rádio digital. No final dos anos 90, havia muito poucos rádios digitais à venda - e eram consideravelmente caros. A não ser numa ou noutra loja mais especializada em Lisboa, ( também no Porto e pouco mais), encontrar um rádio DAB era uma missão quase impossÃvel.
4- Desinteresse dos ouvintes. Corolário dos pontos anteriores, com excepção de um nicho de mercado de audiófilos ouvintes da Antena 2, praticamente ninguém tinha grande interesse em trocar o bom e velho FM pelo DAB.
Enviado através de Tapatalk
guest6:
--- Citação de: tgouveia120 em Janeiro 29, 2018, 01:34:14 pm ---O futuro da rádio passa pelo DAB e FM.
--- Fim de Citação ---
Essa frase, no minimo, é MUITISSIMO discutivel. Daqui a 5/8 anos veremos o que dará o DAB. Só digo que vários catedráticos da area afirmam o contrário, e apontam o futuro para a Net.
joao_s:
De facto, os indÃcios apontam para essa tendência. A qualidade de som da rádio ouvida via Web supera o FM, e toda a gente (ou quase) está ligada ao ciberespaço (nos próximos anos, também os automóveis de forma massificada). No entanto a principal questão, a meu ver, é esta: o consumo de rádio tenderá a aumentar ou a diminuir (aumenta ou diminui o público-alvo)? Talvez a dispersão de auditório pelas emissoras nacionais e estrangeiras (acessÃveis de igual forma) venha a criar maiores dificuldades no setor. Esta é a era da globalização.
guest22:
Na Noruega, o FM já foi desligado durante o ano passado e só algumas rádios locais é que ainda emitem em FM, pelo que para ouvir as rádios públicas (NRK) e as restantes rádios nacionais, só mesmo através do DAB+.
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