Diria que o "problema" chama-se Europa. Porque, à boa moda portuguesa, muitas vezes segue-se a filosofia do "se não vale a pena mexer, não se mexe". Excepto quando as mudanças são impostas a nÃvel europeu.
Em todo o caso, é como bem referiram na Exame Informática, o verdadeiro problema vai surgir quando se ambicionar larguras de banda muito superiores à s actuais. Ora, as faixas UHF são demasiadamente pequenas para serem exploradas pelos ISPs de forma a assegurar taxas de transferência de dados muito elevadas. Resta utilizar outra faixa do espectro... Sabendo-se que, quanto mais elevada a frequência, menor será o comprimento de onda (lambda, deste cenário depreende-se imediatamente que a alternativa será a utilização de frequências muito mais elevadas. Ora, a relação entre o comprimento de onda e o alcance de determinada emissão conhecemo-la bem: frequências muito altas são muito susceptÃveis à presença de perturbações entre a antena emissora e a receptora. Com lambdas na ordem dos centÃmetros, até uma chuvada pode prejudicar seriamente a comunicação - basta ver as emissões via satélite. Por muita tecnologia que se aplique, duvido que se consiga assegurar serviços de enorme débito de dados sem o recurso a um grande número de células - literalmente, uma antena como as dos telemóveis, a cada 100m de raio a cobrir. Bem, quantas antenas seriam necessárias para servir a esmagadora maioria da população portuguesa?