Autor Tópico: Rádios Portuguesas em 1995  (Lida 5055 vezes)

livelx90

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Rádios Portuguesas em 1995
« em: Maio 23, 2022, 05:29:43 pm »
RTP Arquivos - Rádios Portuguesas em 1995

https://youtu.be/Vmg9KqroVJI

« Última modificação: Maio 23, 2022, 05:32:20 pm por livelx90 »

Boxx

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Re: Rádios Portuguesas em 1995
« Responder #1 em: Maio 23, 2022, 05:47:27 pm »
Grande evolução tecnológica, contudo em termos de conteúdos radiofónicos, creio que regredimos bastante...

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Re: Rádios Portuguesas em 1995
« Responder #2 em: Maio 23, 2022, 07:43:22 pm »
Grande evolução tecnológica, contudo em termos de conteúdos radiofónicos, creio que regredimos bastante...

Houve evolução tecnológica, mas não sei até que ponto as coisas não ficaram proporcionalmente estagnadas.

O material que se vê na parte da 3 é bom/excelente, não sei se hoje têm as condições que tinham na altura (atualizadas para 2022).

AG

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Re: Rádios Portuguesas em 1995
« Responder #3 em: Maio 23, 2022, 07:53:47 pm »
Grande evolução tecnológica, contudo em termos de conteúdos radiofónicos, creio que regredimos bastante...

Houve evolução tecnológica, mas não sei até que ponto as coisas não ficaram proporcionalmente estagnadas.

O material que se vê na parte da 3 é bom/excelente, não sei se hoje têm as condições que tinham na altura (atualizadas para 2022).
A nível da qualidade sonora ao nível da equalização piorou enormemente.

Conteúdos também, mas isso é transversal a todas as rádios, as que ainda existem.

pdnf

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Re: Rádios Portuguesas em 1995
« Responder #4 em: Maio 23, 2022, 09:15:16 pm »
Dois pontos:

A Nostalgia emitia nos 103.0 do Barreiro da Smooth FM... mas a Nostalgia não ocupava a RRS?
A conversa do António Sala...parece que podia ser dita hoje em dia sobre o papel da Rádio Rensacença. Mas...afinal, para que serve a RFM?

Dito isto, será que evoluímos assim tanto? Ou persistimos nos problemas que já existiam há 30 anos, nomeadamente de falta de palavra na rádio, naturalmente agravados por falta de "cacau"?
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.

Boxx

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Re: Rádios Portuguesas em 1995
« Responder #5 em: Maio 23, 2022, 09:47:08 pm »
Dois pontos:

A Nostalgia emitia nos 103.0 do Barreiro da Smooth FM... mas a Nostalgia não ocupava a RRS?
A conversa do António Sala...parece que podia ser dita hoje em dia sobre o papel da Rádio Rensacença. Mas...afinal, para que serve a RFM?

Dito isto, será que evoluímos assim tanto? Ou persistimos nos problemas que já existiam há 30 anos, nomeadamente de falta de palavra na rádio, naturalmente agravados por falta de "cacau"?
Algumas notas: a TSF não tinha tempo para passar música durante praticamente toda a emissão diurna; a RR tinha muito mais palavra, era verdadeiramente uma Rádio de companhia, algo que desapareceu no panorama das rádios nacionais. A RFM estava a iniciar a trajetória “descendente” que a conduziu à banalidade atual. Na RRS creio que ainda emitia o CMR.

Atento

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Re: Rádios Portuguesas em 1995
« Responder #6 em: Maio 23, 2022, 10:06:26 pm »
1- Renascença, TSF, Antena3 naquela época estavam com mais energia e qualidade do que hoje...

2- Antena 2 tinha aspetos bem mais positivos em alguns horários do que hoje e outros mais negativos do que atualmente;

3- Antena 1 com mais programas em direto, mas faltava alguma coesão programática,  apesar de ter alguns nomes mediáticos como João Paulo Dinis e Joaquim Letria.
Tinha debilidades na informação, apesar de ter mais recursos humanos do que tem hoje. No desporto a mesma coisa, embora acompanhasse todos os jogos da primeira divisão em direto...Já os da segunda liga só na última ou últimas jornadas...

AG

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Re: Rádios Portuguesas em 1995
« Responder #7 em: Maio 23, 2022, 10:36:42 pm »
Dois pontos:

A Nostalgia emitia nos 103.0 do Barreiro da Smooth FM... mas a Nostalgia não ocupava a RRS?
A conversa do António Sala...parece que podia ser dita hoje em dia sobre o papel da Rádio Rensacença. Mas...afinal, para que serve a RFM?

Dito isto, será que evoluímos assim tanto? Ou persistimos nos problemas que já existiam há 30 anos, nomeadamente de falta de palavra na rádio, naturalmente agravados por falta de "cacau"?
Algumas notas: a TSF não tinha tempo para passar música durante praticamente toda a emissão diurna; a RR tinha muito mais palavra, era verdadeiramente uma Rádio de companhia, algo que desapareceu no panorama das rádios nacionais. A RFM estava a iniciar a trajetória “descendente” que a conduziu à banalidade atual. Na RRS creio que ainda emitia o CMR.
CMR acabou em 93 com a aquisição da Rádio Comercial - em que esta passou em FM a ter a programação da CMR mas sob o nome Comercial. Uma das duas tontices. A outra tontice foi que colocaram a emissão da Comercial Onda Média na Rede Sul. Na altura deste documentário era o que se verificava.
Nos 103,0 estiveram sempre a Nostalgia desde que a Presslivre adquiriu a frequência, ali por 92. Aliás, quando a Nostalgia começou a emitir na Rede Sul em 1 de abril de 96 (com o fim da Comercial OM), os 103,0 continuaram a emitir a estação até á Rádio Expo em 98. Servia de emissor de apoio ao 104,3 na zona ribeirinha de Lisboa.
« Última modificação: Maio 23, 2022, 11:55:17 pm por AG »

livelx90

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Re: Rádios Portuguesas em 1995
« Responder #8 em: Maio 23, 2022, 11:32:59 pm »
Gostava só de acrescentar que este excerto, foi extraído do documentário "A Magia da Rádio" de 31 de maio de 1995 da fonte anteriormente mencionada.

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/a-magia-da-radio/

Andam por lá outros arquivos, como a série "No Ar", de 2010, com 25 episódios, para assinalar os 75 anos da Rádio em Portugal.

Os 25 episódios em Índice: https://arquivos.rtp.pt/page/1/?s=No+Ar+%E2%80%93+Epis%C3%B3dio&advanced=1&sort=date_desc
Episódio 1: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/no-ar-episodio-1/
Pequena peça: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/75-anos-da-radio-publica-portuguesa/


XFM

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Re: Rádios Portuguesas em 1995
« Responder #9 em: Maio 24, 2022, 01:01:07 pm »
Uma dúvida minha, que sistema de automação era esse da Nostalgia e de outras rádios que usavam nos anos 90?

Memorias da Radio

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Re: Rádios Portuguesas em 1995
« Responder #10 em: Maio 24, 2022, 08:37:35 pm »
Uma dúvida minha, que sistema de automação era esse da Nostalgia e de outras rádios que usavam nos anos 90?

Está lá o nome :) e aposto o que quiser que aquilo rodava em Windows 3.1. Tem todo o aspeto… o DOS não suportava touch.

AG

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Re: Rádios Portuguesas em 1995
« Responder #11 em: Maio 24, 2022, 09:15:14 pm »
Uma dúvida minha, que sistema de automação era esse da Nostalgia e de outras rádios que usavam nos anos 90?

Está lá o nome :) e aposto o que quiser que aquilo rodava em Windows 3.1. Tem todo o aspeto… o DOS não suportava touch.
Só pode ser porque o Windows 95 nem sequer tinha sido lançado.

Luis Carvalho

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Re: Rádios Portuguesas em 1995
« Responder #12 em: Maio 24, 2022, 10:52:56 pm »
Uma questão técnica muito pertinente que gostaria de ver esclarecida por quem trabalhava na época com esse ou outro sistema de automação primitivo: onde é que as músicas estavam armazenadas, isto é, o sistema controlava um leitor de CD, ou um disco rígido de elevada capacidade para a época, ou outro equipamento (minidisc, bobina de fita, incluindo DAT, etc.)? Recordo que o sistema de ficheiros FAT então usado pelo DOS/Windows tinha um limite de 2 GB - a não ser que estivessem a correr o Windows NT no sistema. Note-se  que, na época, nem sequer ainda existiam formatos como o MP3. Dá-me ideia que, considerando as limitações técnicas na altura, a informação áudio não estava armazenada em dispositivos de armazenamento de dados "normais" para a maior parte dos utilizadores.
« Última modificação: Maio 24, 2022, 10:54:53 pm por Luis Carvalho »
Cumprimentos,
Luís Carvalho

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Re: Rádios Portuguesas em 1995
« Responder #13 em: Maio 25, 2022, 01:09:57 pm »
Uma questão técnica muito pertinente que gostaria de ver esclarecida por quem trabalhava na época com esse ou outro sistema de automação primitivo: onde é que as músicas estavam armazenadas, isto é, o sistema controlava um leitor de CD, ou um disco rígido de elevada capacidade para a época, ou outro equipamento (minidisc, bobina de fita, incluindo DAT, etc.)? Recordo que o sistema de ficheiros FAT então usado pelo DOS/Windows tinha um limite de 2 GB - a não ser que estivessem a correr o Windows NT no sistema. Note-se  que, na época, nem sequer ainda existiam formatos como o MP3. Dá-me ideia que, considerando as limitações técnicas na altura, a informação áudio não estava armazenada em dispositivos de armazenamento de dados "normais" para a maior parte dos utilizadores.


Depende da rádio e depende da evolução…

Porque tinhas várias locais a recorrer a ReVox ou CDs para a emissão; várias nacionais tinham o tal PC. Mesmo nas locais não é linear, há várias em que posteriormente migraram para ATRAC e leitores respetivos.

O que é que, em 94/95, já havia discos com 6GB ou mais e também já havia o MP2 e, ainda num estado algo incipiente e dependente do codificador, o MP3, que só se apura la para 98/99. Eu cheguei a conhecer pessoas que em 2000 ainda codificavam em MP2.  Pelo que eu deduzo que, até considerando o suporte touch que nos PCs da época era uma total  miragem (com exceção dos Tablets da Wacom suportados de 96/97 para diante mas que precisavam de 95 OSR2), o que tu tivesses em vários PCs podia ser também  na verdade em vários casos Windows NT 3.1 ou 3.11.

Empresarialmente faz todo o sentido e já operavam na base do NTFS que não tinha essas limitações. Além disso, era muito mais estável que qualquer Windows e não tinha limitações de espaço nesses termos, sendo que dava para ter o DOS a correr virtualmente, havia uma camada de virtualização na época.

Outra hipótese é um PC estar ligado a múltiplos leitores de CD e a leitura seguir daí com controlo automático, mas não devia ficar nada barato. Não sei.

Acho que devia haver uma grande dispersão na altura com a passagem para o digital… Jingles em disquetes por exemplo nunca tinha visto até agora (e acho uma decisão técnica muito estupida, porque toda a gente sabe quão periclitantes eram, podiam ter passado aquilo para leitores Iomega e despachavam o assunto num)
« Última modificação: Maio 25, 2022, 01:15:30 pm por Memorias da Radio »

pdnf

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Re: Rádios Portuguesas em 1995
« Responder #14 em: Maio 25, 2022, 09:58:51 pm »


Depende da rádio e depende da evolução…

Porque tinhas várias locais a recorrer a ReVox ou CDs para a emissão; várias nacionais tinham o tal PC. Mesmo nas locais não é linear, há várias em que posteriormente migraram para ATRAC e leitores respetivos.

O que é que, em 94/95, já havia discos com 6GB ou mais e também já havia o MP2 e, ainda num estado algo incipiente e dependente do codificador, o MP3, que só se apura la para 98/99. Eu cheguei a conhecer pessoas que em 2000 ainda codificavam em MP2.  Pelo que eu deduzo que, até considerando o suporte touch que nos PCs da época era uma total  miragem (com exceção dos Tablets da Wacom suportados de 96/97 para diante mas que precisavam de 95 OSR2), o que tu tivesses em vários PCs podia ser também  na verdade em vários casos Windows NT 3.1 ou 3.11.

Empresarialmente faz todo o sentido e já operavam na base do NTFS que não tinha essas limitações. Além disso, era muito mais estável que qualquer Windows e não tinha limitações de

 espaço nesses termos, sendo que dava para ter o DOS a correr virtualmente, havia uma camada de virtualização na época.

Outra hipótese é um PC estar ligado a múltiplos leitores de CD e a leitura seguir daí com controlo automático, mas não devia ficar nada barato. Não sei.

Acho que devia haver uma grande dispersão na altura com a passagem para o digital… Jingles em disquetes por exemplo nunca tinha visto até agora (e acho uma decisão técnica muito estupida, porque toda a gente sabe quão periclitantes eram, podiam ter passado aquilo para leitores Iomega e despachavam o assunto num)
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Dito doutra forma, seria praticamente impossível, na década de 90 emissões totalmente gravadas durante 48H como hoje acontece. Em suma, a rádio era um produto substancialmente mais caro, mas feito com muito, muito mais qualidade...ou pelo menos empenho! Não foi a TV que matou a genuína rádio...foi mesmo a evolução tecnológica e o advento da internet!
Rádio é:
Ir ao fim da Rua, a ligar Portugal, aconteça o que acontecer.
Mais música nova para sentir (e decidir).
Estar no carro, em casa, em todo o lado, só se quiseres.
Saber que se a vida tem uma música, ela passa-a.
É a arte que toca, mais do que música...PESSOAS. Ah, and all that "unique" soul.