Mundo da Rádio - O universo da rádio, na Internet
10 dicas para se iniciar no DX de emissões
de rádio FM
Se nunca
tentou o Dxismo no FM ou tentou e não conseguiu grandes resultados,
este artigo é para si, caro entusiasta da rádio principiante que quer
aprender mais a respeito do passatempo que consiste em captar emissões
a grandes distâncias. Decidi apresentar dez sugestões úteis que devem
ser tidas em consideração por quem não está muito familiarizado com o
mundo do Dxismo, esperando conseguir ajudar quem não tem muita
experiência nem conhecimentos técnicos.
Dica nº 1: Para começar, um receptor que
tenha em casa serve. Ou no carro. Ou até um rádio portátil.
Tem uma
aparelhagem de som com um rádio decente? Sim, mesmo aquela Hi-Fi dos
anos 90 com
dois decks de cassete e capacidade para três CDs arrumada há anos a um
canto serve perfeitamente, se tiver o
rádio a funcionar bem. Tem um receptor AV com FM e RDS? Serve. Para
começar no DX, qualquer receptor com prestações decentes serve, desde
que ligado a uma antena adequada. Tem uma antena exterior? Ligue-a ao
receptor. Se não tiver, e para se iniciar no DX sem ter de realizar tal
investimento, pode socorrer-se de uma antena interior de fita. Leia o
artigo "Como
melhorar a recepção de rádio FM (87,5 ~108 MHz)" para mais
informações.
Se tem um auto-rádio com prestações decentes, pode usá-lo para o DX, desde que o aparelho possa ser sintonizado de forma manual. Certifique-se que a antena do carro se encontra em boas condições. Em caso de dúvida ou problemas na recepção, contacte um electricista auto ou outro técnico competente.
Se tiver um rádio portátil com boas prestações no FM e, sobretudo, se o aparelho tiver também funcionalidades RDS, pode utilizá-lo. Qualquer receptor com boa sensibilidade e, sobretudo, bastante selectividade (separa bem emissões em frequências adjacentes), é útil para começar a praticar. No entanto, não vale a pena tentar com rádios que não conseguem separar bem as rádios em frequências próximas; neste caso, sim, vale a pena investir num aparelho com melhor qualidade.
Se tem um auto-rádio com prestações decentes, pode usá-lo para o DX, desde que o aparelho possa ser sintonizado de forma manual. Certifique-se que a antena do carro se encontra em boas condições. Em caso de dúvida ou problemas na recepção, contacte um electricista auto ou outro técnico competente.
Se tiver um rádio portátil com boas prestações no FM e, sobretudo, se o aparelho tiver também funcionalidades RDS, pode utilizá-lo. Qualquer receptor com boa sensibilidade e, sobretudo, bastante selectividade (separa bem emissões em frequências adjacentes), é útil para começar a praticar. No entanto, não vale a pena tentar com rádios que não conseguem separar bem as rádios em frequências próximas; neste caso, sim, vale a pena investir num aparelho com melhor qualidade.
Dica nº 2: Se utilizar uma antena interior
ou um rádio portátil, coloque a antena ou o próprio rádio junto de uma
janela, ou até numa varanda se a tiver e se o tempo ajudar. Se estiver
fora de casa, procure um local com poucos obstáculos.
Para reduzir a atenuação do sinal derivada à presença de obstáculos,
incluindo a própria estruturas do edifício, tente, sempre que possível,
colocar o rádio ou o receptor (especialmente se usa uma antena
interior) próximo de uma janela. Se estiver bom tempo, até pode tentar
realizar captações numa varanda, por exemplo. Se não se encontra em
casa, procure um local com poucos ou nenhuns prédios ou outros
obstáculos. Um auto-rádio ou um rádio portátil não faz milagres se a
antena do carro ou do rádio recebe um sinal fraco e sujeito a
perturbações porque teve de vencer vários obstáculos geográficos ou
arquitectónicos. Não podemos mover montanhas ou deslocar prédios, mas
podemos escolher outro local para fazermos as nossas observações.
Dica nº 3: No
comboio ou no autocarro, tente, sempre que possível, sentar-se à janela
Se gosta
de ouvir
rádio no seu rádio de bolso, telemóvel, leitor de MP3 ou outro aparelho
portátil com rádio FM enquanto viaja de comboio ou autocarro, tente,
sempre que possível escolher um lugar à janela. Se o aparelho utiliza o
fio dos auriculares como antena, mantenha esse fio bem esticado e o
mais próximo da janela possível. Se utilizar um rádio com antena
telescópica, mantenha a antena esticada e próximo da janela. Note que a
própria estrutura da carruagem ou do autocarro funciona como uma gaiola
de Faraday, o que dificulta muito a recepção dentro do veículo, pelo
que a forma de conseguir o melhor sinal possível é aproveitando as
janelas. Se o rádio tiver boa sensibilidade, até é possível fazer DX
num
transporte público, se as condições o propiciarem!
Apesar de serem menos susceptíveis a interferências electromagnéticas do que as emissões AM (Onda Longa, Onda Média e Onda Curta), as emissões FM não são imunes a interferências provocadas por outros aparelhos eléctricos. Sempre que seja possível, especialmente se usa um aparelho portátil, evite tentar praticar DXismo junto de outros equipamentos. Em especial, telemóveis e outros aparelhos que emitam ondas electromagnéticas.
Como é compreensível, praticar o DXismo no centro de Lisboa ou na cidade do Porto é complicado, na medida em que existem muitas frequências ocupadas pelas rádios nacionais, quase nacionais, regionais e locais com emissores na região. Com tantos sinais fortes, é muitas vezes difícil ouvir estações mais distantes que operam na mesma frequência ou numa das frequências adjacentes. Para quem vive numa região com a banda de FM saturada, uma boa sugestão para um fim-de-semana ou para o período das férias é deslocar-se a outra região com o espectro menos saturado e aí tentar realizar algumas captações interessantes.
A sensibilidade na recepção de rádio de um rádio portátil ou de um aparelho que tenha a funcionalidade de rádio FM pode reduzir-se consideravelmente quando as pilhas ou a(s) bateria(s) que alimenta(m) os circuitos electrónicos do dispositivo estiver(em) fraca(s) e não conseguirem oferecer a tensão eléctrica adequada ao funcionamento do aparelho nas melhores condições. Se o aparelho funciona a pilhas, substitua-as assim que a qualidade de recepção e a qualidade de som se degradarem. Se o dispositivo utiliza uma bateria recarregável, certifique-se que procede ao seu carregamento antes de o utilizar para o Dxismo. Nada é mais desagradável do que ver um rádio desligar-se durante uma captação porque ficou sem energia.
A não ser que tenha uma memória de elefante extremamente eficaz, digna de constar no livro de recordes do Guess, o mais certo é não conseguir lembrar-se de todas as captações e de todos os pormenores das mesmas, especialmente quando tiver conseguido realizar dezenas de captações num dia bom. Daí ser fundamental registar as suas captações. Não é preciso nada de muito sofisticado- uma agenda ou um caderno pequeno - à falta de melhor até uma simples folha de papel serve. O que deve anotar? A data e hora de cada captação, a frequência da estação captada, o nome da estação se a conseguir identificar, e outras informações úteis. Se realiza as captações fora de casa ou de outro local habitual, anote a localização onde se encontra.
A melhor forma de saber como e quando poderá realizar captações interessantes com sucesso é conhecer os fenómenos que permitem a propagação das ondas a grandes distâncias. Recomendo vivamente que, se ainda não o fez, leia o artigo "DX de FM (VHF) e televisão (VHF/UHF)".
Nem sempre é fácil identificar uma estação captada - sobretudo se não for portuguesa. Uma ajuda preciosa para todos os Dxistas, principiantes ou experientes, são as listas de frequências com as estações de cada país. A minha recomendação ai no sentido de utilizar o site "FMLIST". Pode registar-se gratuitamente e ver as listas de frequências de todos os países do mundo. Mas não só: pode recorrer à funcionalidade "MinhaFM" para registas as suas captações de uma forma mais rápida e fácil. Uma alternativa, para quem não estiver registado no FMLIST, é recorrer ao site "FMSCAN", que uiliza a base de dados do FMLIST.
Uma alternativa é obviamente o site de Internet da estação captada, se existir. Também os sites das entidades reguladoras do espectro de cada país, sempre que existam, podem ajudar.
Captar uma estação distante é, sobretudo uma questão de se ouvir no local certo e na hora certa. Há dias bons para DX e há muitos dias maus. É preciso ter-se paciência e esperar por resultados. A única forma de conseguir registar dezenas de estações é ouvir, ouvir e ouvir sempre que possível e conveniente. Pode ter a sorte de captar uma estação estrangeira na primeira ou na segunda tentativa, mas vai ter muitos dias em que não regista nada de interesse e outros dias em que sintoniza dezenas de estações longínquas. Leia o artigo mencionado na dica nº 8 para saber em que alturas do ano é mais provável a presença de condições favoráveis ao DX.
Como tenho dito ao longo do artigo, e em especial na dica nº 10, o DX surge quando há condições propícias à recepção de estações a centenas ou milhares de quilómetros de distância. É preciso ter-se equipamento de recepção com alguma qualidade mas também escutar à hora certa e num sítio favorável à recepção. Sim, é necessário ter-se sorte, mas há uma coisa que lhe pode ajudar a aproveitar ao máximo o receptor de rádio: seja um sintonizador de mesa topo de gama ou um rádio de bolso,qualquer aparelho tem um manual de instruções. Se não conhece bem todas as funcionalidades do rádio, é hora de ler o manual e quiçá aprender a utilizar uma função que lhe pode ajudar durante as observações. E, acima de tudo, insisto, tente realizar observações sempre que o possa fazer!
Com o passar do tempo, poderá querer investir num receptor de melhor qualidade e numa antena exterior, mas, para quem ainda é iniciante na tecnologia da rádio, espero que este artigo seja esclarecedor e permita a quem o leia conseguir as primeiras captações com a "prata da casa".
Dica nº 4: Em casa e sempre que possível,
mantenha o receptor/ rádio longe do router Wi-FI, transformadores
eléctricos, motores e outros aparelhos eléctricos e electrónicos.
Apesar de serem menos susceptíveis a interferências electromagnéticas do que as emissões AM (Onda Longa, Onda Média e Onda Curta), as emissões FM não são imunes a interferências provocadas por outros aparelhos eléctricos. Sempre que seja possível, especialmente se usa um aparelho portátil, evite tentar praticar DXismo junto de outros equipamentos. Em especial, telemóveis e outros aparelhos que emitam ondas electromagnéticas.
Dica nº 5: Se possível, tente praticar o
DXismo num local com o espectro menos saturado
Como é compreensível, praticar o DXismo no centro de Lisboa ou na cidade do Porto é complicado, na medida em que existem muitas frequências ocupadas pelas rádios nacionais, quase nacionais, regionais e locais com emissores na região. Com tantos sinais fortes, é muitas vezes difícil ouvir estações mais distantes que operam na mesma frequência ou numa das frequências adjacentes. Para quem vive numa região com a banda de FM saturada, uma boa sugestão para um fim-de-semana ou para o período das férias é deslocar-se a outra região com o espectro menos saturado e aí tentar realizar algumas captações interessantes.
Dica nº 6: Se utiliza um rádio portátil /
telemóvel / leitor de áudio digital / outro aparelho com rádio FM,
utilize pilhas carregadas ou recarregue a bateria antes de tentar
realizar captações
A sensibilidade na recepção de rádio de um rádio portátil ou de um aparelho que tenha a funcionalidade de rádio FM pode reduzir-se consideravelmente quando as pilhas ou a(s) bateria(s) que alimenta(m) os circuitos electrónicos do dispositivo estiver(em) fraca(s) e não conseguirem oferecer a tensão eléctrica adequada ao funcionamento do aparelho nas melhores condições. Se o aparelho funciona a pilhas, substitua-as assim que a qualidade de recepção e a qualidade de som se degradarem. Se o dispositivo utiliza uma bateria recarregável, certifique-se que procede ao seu carregamento antes de o utilizar para o Dxismo. Nada é mais desagradável do que ver um rádio desligar-se durante uma captação porque ficou sem energia.
Dica nº 7: Mantenha um registo das suas
captações
A não ser que tenha uma memória de elefante extremamente eficaz, digna de constar no livro de recordes do Guess, o mais certo é não conseguir lembrar-se de todas as captações e de todos os pormenores das mesmas, especialmente quando tiver conseguido realizar dezenas de captações num dia bom. Daí ser fundamental registar as suas captações. Não é preciso nada de muito sofisticado- uma agenda ou um caderno pequeno - à falta de melhor até uma simples folha de papel serve. O que deve anotar? A data e hora de cada captação, a frequência da estação captada, o nome da estação se a conseguir identificar, e outras informações úteis. Se realiza as captações fora de casa ou de outro local habitual, anote a localização onde se encontra.
Dica nº 8: Conheça as várias formas de
propagação das ondas electromagnéticas na faixa VHF
A melhor forma de saber como e quando poderá realizar captações interessantes com sucesso é conhecer os fenómenos que permitem a propagação das ondas a grandes distâncias. Recomendo vivamente que, se ainda não o fez, leia o artigo "DX de FM (VHF) e televisão (VHF/UHF)".
Dica nº
9: Consulte listas de frequências para ajudar a identificar as estações
Nem sempre é fácil identificar uma estação captada - sobretudo se não for portuguesa. Uma ajuda preciosa para todos os Dxistas, principiantes ou experientes, são as listas de frequências com as estações de cada país. A minha recomendação ai no sentido de utilizar o site "FMLIST". Pode registar-se gratuitamente e ver as listas de frequências de todos os países do mundo. Mas não só: pode recorrer à funcionalidade "MinhaFM" para registas as suas captações de uma forma mais rápida e fácil. Uma alternativa, para quem não estiver registado no FMLIST, é recorrer ao site "FMSCAN", que uiliza a base de dados do FMLIST.
Uma alternativa é obviamente o site de Internet da estação captada, se existir. Também os sites das entidades reguladoras do espectro de cada país, sempre que existam, podem ajudar.
Dica nº
10: Tenha calma, paciência e não desista porque não captou nada numa
semana
Captar uma estação distante é, sobretudo uma questão de se ouvir no local certo e na hora certa. Há dias bons para DX e há muitos dias maus. É preciso ter-se paciência e esperar por resultados. A única forma de conseguir registar dezenas de estações é ouvir, ouvir e ouvir sempre que possível e conveniente. Pode ter a sorte de captar uma estação estrangeira na primeira ou na segunda tentativa, mas vai ter muitos dias em que não regista nada de interesse e outros dias em que sintoniza dezenas de estações longínquas. Leia o artigo mencionado na dica nº 8 para saber em que alturas do ano é mais provável a presença de condições favoráveis ao DX.
Para terminar, conheça bem o seu rádio e
que tenha boa sorte!
Como tenho dito ao longo do artigo, e em especial na dica nº 10, o DX surge quando há condições propícias à recepção de estações a centenas ou milhares de quilómetros de distância. É preciso ter-se equipamento de recepção com alguma qualidade mas também escutar à hora certa e num sítio favorável à recepção. Sim, é necessário ter-se sorte, mas há uma coisa que lhe pode ajudar a aproveitar ao máximo o receptor de rádio: seja um sintonizador de mesa topo de gama ou um rádio de bolso,qualquer aparelho tem um manual de instruções. Se não conhece bem todas as funcionalidades do rádio, é hora de ler o manual e quiçá aprender a utilizar uma função que lhe pode ajudar durante as observações. E, acima de tudo, insisto, tente realizar observações sempre que o possa fazer!
Com o passar do tempo, poderá querer investir num receptor de melhor qualidade e numa antena exterior, mas, para quem ainda é iniciante na tecnologia da rádio, espero que este artigo seja esclarecedor e permita a quem o leia conseguir as primeiras captações com a "prata da casa".
Este artigo encontra-se em permanente revisão. Apesar dos meus esforços para tentar melhorá-lo tanto quanto possível, é provável que o mesmo contenha erros, mormente do foro ortográfico, gramatical ou até mesmo ao nível técnico (conteúdos). Sugiro aos leitores que eventualmente detectem quaisquer incorrecções na página que as encaminhem para o meu endereço de correio electrónico (infra nesta página); da minha parte, e agradecendo de antemão a ajuda prestada na melhoria do artigo, prometo corrigir as situações logo que possível.
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